Entre ressalvas e possíveis acordos, contas são aprovadas na Câmara de Petrolina

por Denise Saturnino // 14 de outubro de 2021 às 12:48

Foto: CMP

As contas dos ex-prefeitos de Petrolina, Odacy Amorim (PT), e Julio Lossio (PSD), além do atual gestor, Miguel Coelho (DEM), foram aprovadas por unanimidade na reunião plenária desta quinta-feira (14), na Casa Plínio Amorim. As contas, que foram aprovadas em bloco, sem dificuldade, tiveram ressalvas do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE).

Segundo os integrantes da Comissão de Finanças e Orçamento, o posicionamento do grupo seguiu a recomendação do TCE, pela aprovação com ressalvas. Sobre os burburinhos de que houve divergência para passar todas as contas, o presidente da Comissão, Osório Siqueira (MDB), declarou que ninguém estava ali ‘fazendo favor’. “Estamos cumprindo a nossa obrigação, jamais irei votar contra a recomendação do TCE. Não tenho intenção de prejudicar ninguém, o que fazemos aqui é para ajudar. Fizemos questionamentos, mas em nenhum momento algum membro da Comissão travou os pareceres”, argumentou.

A aprovação foi vista por muitos como um ‘ato nobre’ do prefeito Miguel Coelho, que teria orientado a bancada governista a aprovar as contas de seus adversários políticos. “Poderíamos colocar apenas as contas do atual prefeito, e deixar as contas dos anteriores para depois, mas não foi dessa forma que nós pensamos. Se pensássemos na política pequena, poderíamos reprovar contas aqui. Odacy e Julio não esperavam este gesto, não esperavam que isto acontecesse”, declarou o presidente da Casa, Aero Cruz (MDB).

Contas de 2016

Entre as contas apresentadas, estavam as de 2008, referentes ao mandato de Odacy Amorim (PT), as de 2012 a 2015 do mandato de Julio Lossio (PSD), e de 2017 e 2018, referentes ao atual governo. O ano de 2016 não entrou na pauta.

Segundo o líder da bancada governista, Ronaldo Silva (DEM), as contas de 2016 não retornaram para a Câmara, depois que o TCE pediu de volta em 2019. “Esta Câmara não tem costume de rejeitar as contas de prefeito nenhum, no momento que o TCE recomendar a rejeição, pode ter certeza que esta Casa vai seguir a recomendação”, pontuou.

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