Em seu primeiro discurso no Brasil, Francisco cobra do Governo Dilma meios para incluírem jovens no mercado de trabalho

por Carlos Britto // 23 de julho de 2013 às 06:59

dilma e franciscoEm seu primeiro discurso no Brasil, diante da presidente Dilma Rousseff, de políticos e autoridades no Palácio Guanabara, no Rio, o Papa Francisco cobrou educação e meios materiais para que os jovens possam se desenvolver, e deixou claro que sua viagem ganhará forte caráter político. Antes mesmo de desembarcar, ainda no avião que o levou ao Brasil, o papa fez um ataque direto às receitas dos governos para lidar com a crise internacional. E alertou para o risco de se criar uma geração perdida diante da incapacidade de os jovens encontrarem trabalho.

Francisco ainda cobrou os políticos. “A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhes espaço: tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento, oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida, garantir-lhe segurança e educação, para que se torne aquilo que pode ser”, disse o pontífice.

Oficialmente, Francisco viajou ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas aproveitará a semana que passará no Brasil para dar indicações do que pretende como papa, fará alertas aos políticos e se reunirá com cardeais para debater a situação latino-americana.

O alerta sobre o impacto da crise mundial foi primeiro dado ainda no avião. Aos jornalistas, revelou sua preocupação com a exclusão social, principalmente no caso dos jovens. “Essa primeira viagem é para encontrar os jovens. Não em isolamento, mas no contexto de suas sociedades“, disse. “Quando nós isolamos os jovens, fazemos uma injustiça. Eles pertencem a uma família, a uma cultura, a um país e a uma fé. Não podemos isolá-los da sociedade. Por isso é que quero encontrar os jovens em seu tecido social”.

O pontífice continuou: “É verdade que a crise global não tem sido suave com os jovens. Li, na semana passada, quantos deles estão sem trabalho e acho que estamos correndo o risco de criar uma geração que nunca trabalhou“, alertou o papa.

Exclusão

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que, em alguns países, mais de 50% dos jovens estão sem emprego e, pior, sem perspectiva de trabalho. “A juventude está em crise”, alertou o pontífice. “Estamos acostumados com uma cultura descartável. Fazemos isso com frequência com os idosos e, com a crise, estamos fazendo o mesmo com o jovem. Precisamos de uma cultura de inclusão”, continuou Francisco.

Para o papa, o problema da exclusão também afeta os mais idosos – e não só os jovens. “É verdade que os jovens são o futuro do povo, porque têm energia. Mas eles não são os únicos que representam o futuro. Os idosos também, porque têm a sabedoria da vida”. (Fonte/foto: Estadão)

Em seu primeiro discurso no Brasil, Francisco cobra do Governo Dilma meios para incluírem jovens no mercado de trabalho

  1. gilmar de amorim bastos disse:

    a igreja catolica trata se da instituiçao mais rica do mundo apesar do vaticano ser o menor pais do mundo e enquanto esta sendo gasta milhoes com a visita do papa milhoes de pessoas estao desempregadas passando dificuldades e ate morrendo de fome eo vaticano tendo muito dinheiro e muita corrupçao que de vez em quando apareçe na midia ou sao abafados sem falar nos escanndalos de estupro e homosssexualismo . com todo respeito aos catolicos mas acho que o vaticano deveria dar um pouco da sua riqueza aos miseraveis que sofrem com a pobreza ea desigualdade social

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