Dilma, Aécio e Eduardo deverão polarizar números da economia durante campanha

por Carlos Britto // 28 de julho de 2014 às 07:20

dilma, aécio e eduardoAs novas previsões sobre um crescimento ainda menor neste ano preocupam o governo e, consequentemente, o comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) à reeleição. Ao mesmo tempo, servem de combustível para as críticas dos oposicionistas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que já têm usado o pior desempenho da economia – inclusive em temas caros aos petistas, como o emprego – para fustigar a imagem de gestora de Dilma.

Taxa de desemprego

Governo: Dilma afirma que, enquanto no mundo inteiro a crise ‘devorou’ 60 milhões de empregos desde 2008, no Brasil foram criadas 11 milhões de vagas com carteira assinada.

Oposição: Aécio diz que o País só tem gerado postos nas faixas de remuneração mais baixas. Já Campos afirma que um país com crescimento abaixo do esperado não tem condições de gerar emprego.

Juros

Governo: Banco Central segue com sua política de aperto monetário por causa da resistência da inflação, mas a presidente Dilma Rousseff afirma que tudo está dentro do previsto.

Oposição: Aécio avalia que os juros no Brasil são abusivos e cabe ao governo baixá-los. Campos avalia que Dilma disse que ia reduzir os juros e entrega o País com os juros mais altos do que quando tomou posse.

Inflação 

Governo: A presidente Dilma Rousseff afirma que seu governo sempre manteve a inflação sob controle e chama de ‘agourentos’ os adversários que apontam a alta do custo de vida.

Oposição: Aécio diz que a conquista de FHC — uma inflação baixa — está sob risco. Fala em política fiscal austera. Campos afirma que é preciso manter a inflação dentro da meta.

PIB

Governo: O discurso é que o PIB, em dólares, cresceu 4,4 vezes em 11 anos. Dilma alega que o Brasil foi afetado pelo cenário da incerteza mundial, mas em grau muito menor do que outros países.

Oposição: Para o País crescer, Aécio fala em gestão eficiente, desburocratização e política fiscal transparente. Campos defende investimentos numa infraestrutura que possibilite gerar inovação. (Fonte/foto: Estadão)

Dilma, Aécio e Eduardo deverão polarizar números da economia durante campanha

  1. Marivaldo disse:

    Aécio diz que a inflação baixa de FHC está sob risco em relação à Dilma. Veja uma comparação no segundo mandato de FHC e os últimos três anos de Dilma que manteve dentro da meta:
    FHC: 1999 – 8,94% / 2000 – 5,97% / 2001 – 7,67 / 2002 – 12.53% (2001 e 2002 estourou a meta).
    Dilma: 2011 – 6,50% / 2012 – 5,84% / 2013 – 5,91% / …

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