Dançarina morre e sanfoneiro de banda fica ferido após serem baleados no norte da Bahia; vítima relata ação policial

por Carlos Britto // 05 de julho de 2019 às 13:25

Dançarina morreu após abordagem policial na Bahia. (Foto: Reprodução/Instagram)

Uma dançarina da banda cearense de forró Sala de Reboco morreu, na madrugada desta sexta-feira (5), após ser baleada na cidade de Irecê, no norte da Bahia. Na ocasião, outras duas pessoas ficaram feridas.

Segundo relato do dono da banda, Antônio Neto Rocha, mais conhecido como Toinho Produções, quatro integrantes do grupo – duas dançarinas, o sanfoneiro e a cantora – e o motorista estavam em um carro, quando o veículo foi atingido por tiros disparados por policiais militares que seguiam o veículo.

Na ocasião, três pessoas foram baleadas: Gabriela Amorim, de 25 anos; o sanfoneiro Eliedelson Porcidônio Júnior, de 32 anos; e a cantora Joelma Rios.

O G1-BA entrou em contato com as Polícias Civil e Militar para levantar detalhes sobre a atuação dos policiais e posicionamento sobre o caso. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que equipes da 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior de Irecê (14ª Coorpin) investigam as circunstâncias da morte de uma mulher e dos feridos. Já a PM ainda não se posicionou sobre o caso.

Antônio não estava no veículo no momento do ataque, mas detalhou ao G1 o relato das vítimas, que estavam hospedadas em Irecê. Ele conta que as duas dançarinas, o sanfoneiro e a cantora da banda decidiram jantar em Lapão, cidade a cerca de 11 km de Irecê. Quando retornaram, foram seguidos pela polícia que começou a atirar contra o carro.

Eles contam que a polícia seguiu eles com o carro apagado, sem o giroflex ligado, e em momento algum pediu que eles parassem o veículo”, contou Antônio.

Carro onde os integrantes da banda Sala de Reboco estavam foi atingido por tiros na Bahia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Baleados

Após ser atingida, a dançarina Gabriela ainda foi socorrida para o Hospital Regional de Irecê, mas não resistiu ao ferimento. Já o sanfoneiro, Eliedelson Porcidônio Júnior foi baleado na perna e está internado na mesma unidade de saúde. Já a cantora Joelma Rios foi atingida nas nádegas e de raspão na perna.

Joelma contou que quando percebeu os disparos, ela saiu do carro com as mãos para cima, gritando, dizendo que no carro só tinham trabalhadores, artistas. Ela disse também que, com o barulho da ação, os moradores saíram das casas”, contou Antônio.

O dono da banda detalhou que o grupo havia feito o último show da agenda junina no dia 30 de junho, em Jacobina, cidade também do norte da Bahia. Entretanto, como Antônio tem um escritório em Irecê e os integrantes da banda têm conhecidos na região, eles ficaram em na cidade baiana para descansar.

Eles estavam se despedindo dos amigos e iriam embora de Irecê hoje [sexta-feira]. Só queriam se despedir comendo uma galinha famosa aqui na região, e quando voltaram aconteceu isso“, lamentou Antônio.

Antônio informou ainda que o sanfoneiro Eliedelson está acordado e conversando com as pessoas. A dançarina Gabriela deixa um filho de seis anos. Ainda não há detalhes sobre o sepultamento dela. (Fonte: G1-BA)

Dançarina morre e sanfoneiro de banda fica ferido após serem baleados no norte da Bahia; vítima relata ação policial

  1. Marcos disse:

    Aos que batem palmas para a selvageria, parabéns.

    Podemos ser os próximos.

  2. Sempre Atento disse:

    Lamentável, ai esta nossa realidade,um bando de policial despreparado doido para mostrar serviço e aparecer na mídia terminam fazendo uma lambança dessa,tem que ser punido com exoneração,se fosse uma pessoa que tivesse matado um policial toda policia da Bahia estaria atrás do ator para matá-lo, agora como foi a própria policia que matou vamos ver no que vai dá.

  3. Defensor da liberdade disse:

    Hoje em dia qualquer zé entra na polícia, gente com histórico duvidoso, o resultado é esse aí, se acham os donos do mundo, os infalíveis, atiçados pela idéia do “bandido bom é bandido morto”, e loucos para estarem nas mídias como “heróis”. O pior é que tem gente que ainda aplaude coisas como essa, quero ver quando acontecer com um parente, se vai bater palminhas para o Estado.

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