Corrida de rua: uma moda saudável ou perigosa?

por Carlos Britto // 23 de maio de 2025 às 16:00

Foto: reprodução

A prática da corrida de rua conquistou milhares de adeptos nos últimos anos, impulsionada pela popularização de provas, comunidades esportivas e, principalmente, pela busca por saúde e bem-estar. Considerada uma atividade acessível, a corrida tem se consolidado como uma das mais praticadas entre brasileiros de todas as idades.

De acordo com Karla Adriana, médica do Núcleo GA e também corredora, a corrida é uma das práticas mais democráticas e benéficas para a saúde. “A corrida de rua aumenta a capacidade pulmonar e fortalece o coração, melhorando o condicionamento cardiovascular, além de trabalhar diversos grupos musculares, ajudar na queima de calorias e na manutenção do peso corporal. Já para a saúde mental, ao praticar exercício, ocorre a liberação de endorfinas que promovem a sensação de bem-estar, que também podem aliviar os sintomas de depressão e ansiedade”, explica.

Apesar de ser uma atividade acessível, a corrida sem acompanhamento pode comprometer o bem-estar e até afastar os resultados esperados. “É importante ficar atento aos sinais do seu corpo. Lesões musculares, como tendinites, e fraturas por estresse são comuns em quem aumenta o volume de treino sem o preparo adequado. Existe também o risco de sobrecarga cardiovascular, especialmente em pessoas que não estão acostumadas com exercícios intensos. Por isso, uma avaliação física antes de começar é essencial”, alerta Karla.

Ela acrescenta que, para corredores amadores, uma alimentação equilibrada costuma ser suficiente para manter o bom desempenho. Em geral, corredores amadores não precisam de suplementos se mantiverem uma dieta balanceada. Suplementos podem ser considerados caso haja deficiências nutricionais específicas ou em treinos mais intensos, como provas com duração acima de uma hora, nas quais são necessárias a reposição de eletrólitos, água e carboidratos. A médica ainda faz um alerta importante: “Fadiga excessiva, dores persistentes, alterações no sono, queda de desempenho e até desmotivação podem indicar que o corpo está sendo sobrecarregado. O ideal é sempre respeitar os limites e buscar acompanhamento para que a corrida traga benefícios”.

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