Três semanas após assumir o comando da 8ª Ciretran/Detran-PE, em Petrolina, o novo coordenador do orgão, Wenderson Batista, já enfrenta as primeiras críticas com relação à prestação de serviços no local. Durante entrevista ao Blog, Wenderson rebateu algumas denúncias dos usuários e garantiu que está implementando políticas para humanizar o atendimento no órgão.

Os esclarecimentos são uma resposta às críticas do pastor e advogado, Ricardo Pires, que escreveu ao Blog para reforçar uma antiga queixa da população: as longas filas e a demora no atendimento. Ricardo relatou ter ido ao órgão na tentativa de receber um documento, mas afirmou ter encontrado grandes dificuldades para realizar o procedimento, aparentemente, simples.

Mas de acordo com Wenderson, as reclamações do usuário seriam sem fundamento, uma vez que, o serviço solicitado não é obrigatório e portanto não requer pressa. “Na verdade muitas pessoas vão até a Ciretran em busca de documentos que naturalmente serão enviados através dos correios. No caso de retirada de documento antes do prazo, o usuário não tem obrigação de fazê-lo, tanto que quem quer fazer isso tem que pagar uma taxa de R$ 36,04”, explica.

Com relação às filas no local, o coordenador admitiu a insuficiência de atendentes e lamentou a carência de pessoal para fazer atendimento ao público. “É notório que cem fichas diárias são insuficientes, mas é tudo que podemos fazer. Atualmente estou com apenas quatro atendentes para atender toda a demanda, mas isso, infelizmente é um problema conjuntural e estadual do serviço público”, lamentou.

Sucateamento

Não bastasse a carência de pessoal, a 8ª Ciretran ainda sofre com um velho conhecido dos cidadãos petrolinenses: o sucateamento de equipamentos. Segundo Wenderson, dos cinco computadores disponíveis para realizar exame teórico para habilitação, apenas dois estariam funcionando em bom estado.

“Recentemente o Detran mandou buscar aqui alguns veículos para leilão e eu aproveitei e mandei vários CPUs, monitores e impressoras e cadeiras quebradas que ficavam aqui apenas ocupando espaço. A nossa proposta é: tudo o que não presta manda para o patrimônio no Recife. Só assim a gente vai conseguir, aos poucos, reestruturar o que precisamos”, finalizou.

Ainda segundo o coordenador, cada computador deveria realizar apenas dez atendimentos diários, mas devido à demanda, estão sendo realizados cerca de cinquenta atendimentos, mesmo nos equipamentos ineficientes.