Comunidades de Campo Alegre de Lourdes sofrem ameaças constantes, denuncia associação

por Carlos Britto // 01 de março de 2018 às 21:02

O clima de tensão e insegurança tem mudado a rotina de comunidade de famílias camponesas da região do Angico dos Dias, localizada a cerca de 70 Km do município de Campo Alegre de Lourdes, no norte baiano. Segundo Associação Fundo de Pasto, as famílias são alvo de ameaças de expulsão por conta de uma grilagem de terras de 83 mil hectares, que abrange a região noroeste do município e parte de Pilão Arcado.

De acordo com integrantes da Associação de Fundo de Pasto de Angico dos Dias e Açu, pessoas estão medindo a área coletiva e ameaçando trabalhadores rurais. O clima ficou mais tenso, quando no último domingo (25) dois policiais em uma viatura da Polícia Civil de Campo Alegre foram vistos acompanhando pessoas que mediam a área do fundo de pasto sem autorização da comunidade e pedindo para as pessoas não se aproximarem.

O presidente da Associação de Fundo de Pasto de Angico dos Dias e Açu, Edinei Soares, ficou revoltado e constrangido com a postura da polícia. “Qual o papel da polícia? É defender os cidadãos e a polícia chegou aqui defendendo os bandidos”, enfatizou.

Quatro membros da associação foram acusados de crime de ameaça e intimados para prestar depoimento na Delegacia do município na última quarta-feira (28/02). Cerca de 100 pessoas do Angico dos Dias e de outras nove comunidades da região foram para frente da delegacia mostrar apoio aos acusados.

Estiveram presentes também na frente da  delegacia representantes das entidades ligadas às questões do campo, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), o Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campo Alegre de Lourdes. (Foto/reprodução)

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