Com mais de 48 mil infectados nas últimas 24 horas, Brasil se aproxima de 1,5 milhão de casos confirmados do novo coronavírus

por Carlos Britto // 02 de julho de 2020 às 19:33

Foto: Ilustrativa/Silvio Ávila/AFP

O Brasil registrou nesta quinta-feira (2) o segundo maior número diário de casos de coronavírus desde o início da pandemia, com a contabilização de 48.105 novas infecções, cifra que eleva o total no país a 1.496.858, segundo o Ministério da Saúde. A quantidade de novos casos fica abaixo somente dos quase 55 mil casos notificados em 19 de junho – quando o ministério afirmou que o alto número diário foi causado pela inclusão no sistema com atraso de casos do dia anterior em alguns Estados.

Em relação às mortes, foram registrados nesta quinta-feira 1.252 novos óbitos, fazendo com que o total atinja 61.884.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior contagem de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,7 milhões de infecções confirmadas e mais de 128 mil óbitos.

O Ministério da Saúde tem registrado avanço recente da doença pelas regiões Sul e Centro-Oeste, inicialmente menos afetadas pela doença, disseram autoridades da pasta na quarta-feira, acrescentando que mais de 90% dos municípios brasileiros já registraram casos de coronavírus.

Apesar de o país estar no pico da pandemia, muitos Estados e municípios já iniciaram processos de retomada econômica e flexibilização dos isolamentos – incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, os Estados mais afetados pela doença no Brasil.

SP e RJ

São Paulo, segundo o ministério, atingiu 302.179 casos e 15.351 óbitos. O governo paulista estimou, em entrevista coletiva concedida por autoridades nesta quinta-feira, que o Estado pode chegar a 15 de julho com até 23 mil mortes e 470 mil casos de Covid-19. O Rio de Janeiro, por sua vez, tem 116.823 infecções e 10.332 mortes, com um elevado índice de 60 óbitos para cada 100 mil habitantes — ante 29 óbitos a nível nacional, se considerada a mesma proporção. Apenas Amazonas e Ceará, ambos com 69 mortes a cada 100 mil pessoas, têm taxas maiores.

Ainda assim, a capital fluminense levou em conta uma redução recente nos óbitos e se adiantou no processo de reabertura, autorizando a partir desta quinta-feira que os cariocas voltem a frequentar academias, bares e restaurantes. A decisão foi considerada precipitada por especialistas. “Estudos mostram que enquanto não tivermos a vacina e se a prevalência está baixa, ao fazermos uma reabertura deixamos a cidade, Estado ou país suscetível a uma segunda onda (de infecções)… É temerária qualquer abertura que não olhe para a prevalência da doença“, disse à Reuters o infectologista Miguel Haddad. (Fonte: Reuters)

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