Coluna da Folha

por Carlos Britto // 14 de outubro de 2020 às 07:07

Foto/reprodução

A quizila da eleição em Cumaru

Em Cumaru, no Agreste, as ações judiciais têm sido o novo alvo para discórdia entre os grupos políticos adversários. A candidata a prefeita do município pelo Cidadania, Nadjane Peixoto, não tem aprovado o tratamento que sua campanha tem recebido pela justiça e reclama, segundo ela, de “favorecimento para à prefeita”. No último sábado (10), Nadjane teve uma carreata interrompida após uma notificação judicial.

De acordo com a candidata, tudo estava em ordem com a Justiça para acontecer uma carreata no último dia 10, para o distrito de Ameixas, quando todos foram “pegos de surpresa por duas viaturas da Polícia Militar, que obstruíram a pista, mandando desligar todos os aparelhos de som, inclusive os de carros de passeio”, relatou. Para ela, o mais estranho foi ter recebido a aprovação e em pouco tempo ela ter sido barrada. “Eles estavam fortemente armados e isso criou um constrangimento grande”, destacou.

O que deixou o grupo de oposição mais irritado foi o fato de a Justiça ter permitido um “evento semelhante”, da atual prefeita e candidata à reeleição, Mariana Mendes (PTC), “com a presença de candidatos a vereador e de apoiadores aglomerados, com o uso de som elevado”, logo após o juiz eleitoral, Altamir Cléreb ter vedado o uso de trios elétricos e paredões. “Quer dizer que ela pode tudo, então?” Questionou a candidata do Cidadania.

Por meio de nota, a prefeita Mariana Medeiros (PP) afirmou ter obedecido o que foi determinado pelo Justiça. “O evento foi acompanhado pela Polícia Militar, fiscalizada por um responsável do Cartório Eleitoral, e não registrou ocorrência de descumprimento de determinação judicial”, diz o documento. Até o fim das eleições esse assunto ainda deve render muito por lá.

Não gostou

Em Tracunhaém, a coligação da candidata à prefeita Regina Lapa (DEM), solicitou na Justiça uma ação de investigação contra o candidato do grupo governista, Aluizio Xavier da Silva (PL), e a vice de chapa, Áurea Galdino de Lima (Avante), por supostas “práticas ilícitas eleitorais”. Segundo ela, eles estão “violando as leis infraconstitucionais vinculadas às eleições, à probidade administrativa e à manutenção da licitude no trato com a coisa pública”.

Negou

Depois da má repercussão de uma fala, o prefeito de Salgueiro e candidato à reeleição, Clebel Cordeiro (MDB), se justificou. Recentemente, um áudio de WhatsApp acabou viralizando na cidade, em que o prefeito solta alguns palavrões em resposta a um desafio de um empresário da cidade. No entanto, ele nega que tenha usado palavrões para se referir ao Lar São Vicente, instituição que cuida de idosos na cidade.

O processo

O Ministério Público Eleitoral defendeu a continuidade do processo contra o prefeiturável Adelmo Duarte Ribeiro, por propaganda antecipada. A denúncia tinha sido proposta pelo PDT e extinta sem julgamento de mérito pela 94ª Zona Eleitoral, por considerar que não houve pedido explícito de votos durante o evento. Ele é acusado de realizar showmício, distribuir brindes e transmitir pelo YouTube.

Pacotes de dados

O Ministério Público Eleitoral recomendou aos candidatos e partidos de Buíque que eles se abstenham de adquirir pacotes de dados cadastrais, com a intenção de realizar disparos em massa com mensagens de cunho eleitoral, seguindo a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Configurando crime, e a depender da magnitude do uso dessas ferramentas ilegais, uma investigação para cassação da chapa também pode ser instaurada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários