Caso Beatriz: Em entrevista, advogado do colégio afirma que “HD foi formatado dentro da Polícia Civil”  

por Carlos Britto // 20 de dezembro de 2018 às 18:18

Foto: GRTV/reprodução

Pela primeira vez o advogado Clailson Ribeiro concedeu uma entrevista sobre a participação do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora nas investigações do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, então com sete anos, ocorrido na noite de 10 de dezembro de 2015, durante um evento festivo na instituição de ensino. Ribeiro atribui à Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) a falha no manuseio dos HD’s (discos) que armazenavam as imagens das câmeras de segurança do colégio.

Em entrevista ao GRTV, Clailson Ribeiro revelou que o funcionário Alisson Henrique Carvalho, considerado foragido da justiça, esteve no local para liberar os equipamentos solicitados pelo então responsável pelas investigações, o delegado Marceone Ferreira.

Nós tratamos de prontamente entregar todos os HD’s que estavam gravando as imagens do colégio da época do fato”, explicou o advogado. Ele ainda informou que a entrada de Alisson na sala – que aparece nas imagens divulgadas pela PC – foi um ato rápido apenas para a retirada dos equipamentos. “Os HD’s foram postos dentro de uma caixa e no dia seguinte foram encaminhados para a polícia. A polícia acusou o recebimento dos três HD’s e, até então, estava tudo certo”.

Entretanto uma nova solicitação da polícia, quase um ano depois da primeira, informou que houve uma formatação automática das imagens de um dos HD’s. As imagens são exatamente as que mostram o principal suspeito de ter cometido o crime, circulando nas proximidades da escola.

Ainda segundo o advogado, a escola arcou com os custos de recuperação das imagens a pedido da polícia. “No decorrer de 2016 a polícia não apontou qualquer tipo de informação de que havia imagens perdidas. A única vez que o fez foi em dezembro de 2016, ou seja, quase um ano depois da entrega dos HD’s, e no próprio ofício diz que este incidente aconteceu dentro da própria polícia, e nos pedindo ajuda para custear a recuperação destas imagens”, afirmou Ribeiro.

O advogado acredita que o investimento na recuperação das imagens confirma que o colégio está colaborando com as investigações. “Vamos protocolar toda esta documentação, com toda a cronologia para que seja apurado os motivos destas divergências de informações que estão sendo prestadas”, finalizou.

Polícia Civil

Nossa equipe entrou em contato com a PCPE, que afirmou, através da assessoria, que não comenta estratégia da defesa.

Investigação

O funcionário Alisson Henrique Carvalho segue foragido e pode responder pelo crime de fraude processual. Informações sobre o acusado devem ser repassadas para a polícia através dos telefones (81) 9 8650-1229/(81) 9 8256-4545/(81)/9 8170-2525 e (81) 3719-4545.

Caso Beatriz: Em entrevista, advogado do colégio afirma que “HD foi formatado dentro da Polícia Civil”  

  1. Maria Gilvonete Gomes disse:

    Se ele tem a consciência limpa, então porque fugiu

  2. Celso Franca disse:

    Caro amigo Carlos Britto. O texto consta 7 anos, e são três anos.

    1. Apache disse:

      Sete anos, a idade da menina.

  3. Dalva disse:

    A escola queria que os pais arcassem com a recuperação dos Hd’s,ja é demais,se a escola que realmente inlusidar o crime que para mim é de responsabilidade total da escola

  4. JOAQUIN TEIXEIRA disse:

    Tão deixando a gente imaginar coisa pior

  5. Pitu disse:

    Advogado ganha para quê? Para defender seus clientes, mesmo sendo os mesmos culpados, aí já sabe né?. Tô mentindo?

  6. Mary disse:

    Tudo muito estranho. Não julguemos uma pessoa sem antes saber o que realmente aconteceu.
    Minha opinião: A polícia errou desde o início e agora tem que dar respostas.
    Ninguém entra e ningúem sai da escola. Essas imagens deveriam ter sido pegas no dia do ocorrido.
    Vcs não acham que depois de 20 dias ( data da imagem onde aparece o Alisson entrando na sala , que dá a entender que foi nesse dia ) a policia já não deveria estar com essas imagens???
    Tudo MUUUUIITOOOOOOOOOOOO estranho.

  7. Pitu disse:

    Mary, você já leu o que a delegada falou? Na época a polícia solicitou o equipamento à escola, que segundo ela, ficou enrolando, sendo entregue somente neste dia após determinação da justiça, que chegou à escola pela manhã, coincidentemente no mesmo dia que as imagens foram apagadas a tarde. Realmente estranho.

    1. INVESTIGADOR LEIGO disse:

      Sou leiga em investigação, mas não vejo em reportagens envolvendo polícia federal, essa pedindo imagens para terceiros quando podem eles mesmos irem com mandato judicial recolherem tudo com urgência!!! Como é que deixam a cargo da instituição a responsabilidade de ficar com as imagens por tantos dias??? E em um caso tão terrível como esse, como podem deixar uma pessoa sozinha ter acesso a um recurso atualmente importantíssimo numa investigação criminal ,que são as imagens de câmeras??? Muito estranho tudo isso!!!!!

  8. Defensor da liberdade disse:

    Eu é que não acredito mais em qualquer versão que essa polícia incompetente solte por aí. 3 anos, muitos erros e mancadas, retrato falado de gente que não existe. Bem o retrato da polícia brasileira, um lixo completo, mas custa caro para quem paga a conta. E tem gente que ainda chama essa lástima de “guerreiros”, patético!

    1. Pitu disse:

      Realmente devo concordar com seu comentário Defensor da Liberdade. Tudo muito estranho desde o início das investigações.
      1 – A delegada afastada no início das investigações voltou ao caso três anos depois. Porque foi afastada na época? Quem tinha interesse em seu afastamento? Em atrapalhar as investigações?
      2 – Porque a escola não cedeu o HD com as imagens na mesma noite do crime? Porque demorou atender solicitação da Polícia para entregar o equipamento, só entregando após notificação judicial e com as imagens apagadas, segundo a delegada, no mesmo dia que foi notificada? O que tem a esconder?
      3 – Porque a escola fez a reforma da sala de balé dias depois e porque a polícia foi conivente?
      4 – Quem sumiu com as chaves dos portões uma semana antes do crime? Responsabiliza quem é responsável por guardá-las. Nesse caso as imagens também poderiam ajudar.
      5 – O que houve com a diretora da época do crime? Foi transferida? Demitida?
      6 – Quem é o funcionário/prestador de serviço da escola casado com uma policial civil? Esta polícial participou das investigações?
      7 – Porque não foi decretada prisão preventiva dos 5,6,7 suspeitos na época do crime, já que a polícia divulgou até em relatório a participação destes suspeitos?
      8 – Porque um dos vigilantes saiu do local em que estava trabalhando, próximo a entrada do bebedouro e entrou em uma sala e passou mais de uma hora para retornar, justamente no horário de sumiço da criança? Essa atitude não seria suspeita?

      Enfim, um crime macabro, onde até o momento ninguém viu ou ouviu nada e todos os suspeitos se dizem inocentes. A escola só se defende, desde a época do crime, bem óbvio para uma instituição particular de ensino que vive do dinheiro, afinal, para eles a vida continua.

  9. A verdade tem que ser dita disse:

    Quem assistiu a entrevista do advogado do colégio, vai entender aonde ta o errou. Ele foi bem especifico e ainda mostrou as datas em que a policia solicitou as imagens… Ai fica nessa querendo prender um inocente, não tiveram competência de encontrar o verdadeiro assassino.
    Aos que não assistiram a entrevista, no site da TV grande rio 1ª adição 20/12 tem disponível.

  10. Marco disse:

    A verdade tem que ser dita, vejo na entrevista uma jogada de defesa para tentar desclassificar a iinvestigação, causar dúvidas sobre a mesma na opinião pública, afinal, o advogado está defendendo o seu cliente. Muita coisa da investigação corre em segredo de Justiça, então não dá para afirmar a inocência e culpa de ninguém. Porém, uma prisão foi decretada, se a polícia não tiver evidência de culpa, a acusação não se sustenta e a prisão será revogada. Até lá não tem culpado ou inocente.

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