Câmara de Petrolina quer ouvir versão do HDM/Imip sobre morte de adolescente

por Carlos Britto // 12 de agosto de 2022 às 11:22

Foto: divulgação

O caso da adolescente Maria Eduarda Delmondes, de 13 anos, que faleceu à espera de uma vaga de UTI no Hospital Dom Malan (HDM)/Imip, rendeu um protesto, na manhã de ontem (11), promovido pelo Movimento ‘Sou Mãe, Tenho medo’, que terminou na Câmara de Vereadores de Petrolina. Bastante nervosa, a mãe da menina, Maria Dulce Delmondes, chegou a interromper, aos gritos, a sessão plenária para cobrar apoio dos vereadores. O presidente da Mesa Diretora, Aero Cruz, comprometeu-se em se reunir com ela e outros familiares de Eduarda, mas lhe pediu para que a votação de projetos fosse concluída primeiro.

Assim que a sessão foi encerrada, Aero convidou Maria Dulce e outras pessoas da família para um conversa, da qual também participaram o presidente da comissão de Saúde, vereador César Durando, além dos vereadores de oposição, Professor Gilmar Santos e Marquinhos do N4, o líder governista Diogo Hoffmann e sua colega de bancada, vereadora Maria Elena.

Após a reunião ficou decidido que a Câmara vai solicitar um encontro com a direção da unidade médica, para ouvir o outro lado dessa história, e depois elaborar um  elaborar um documento a ser encaminhado ao governo do Estado, Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Conselho Regional de Medicina (Cremepe).

Maria Eduarda deu entrada no dia 6 de julho para uma intervenção cirúrgica de apendicite, e depois para uma abordagem pélvica. No entanto, a jovem contraiu uma infecção hospitalar entre um procedimento e outro. A mãe dela acredita que houve erro médico. “Perfuraram o intestino da minha filha. Ela não estava com o intestino perfurado porque a gente passou 11 dias no (hospital) São Lucas, em Juazeiro. Se ela estivesse com o intestino perfurado, os médicos lá tinham descoberto. Aí ela precisou de uma terceira abordagem, e quando fizeram ela já precisava de uma UTI e não jogaram no sistema. Eles fizeram pouco caso de minha filha”, lamentou.

Indignação

Segundo Maria Dulce, quando a filha deu entrada na sala vermelha do HDM, no dia 1º de agosto, ela já precisava de UTI, mas a unidade só teria registrado isso no sistema dois dias depois. “A gente implorou”, disse. A mãe de Eduarda e os demais manifestantes se mobilizaram em frente ao HDM, mas a direção não se pronunciou sobre o protesto.

Maria Dulce revelou ter procurado a Promotoria e a Defensoria Pública. Esta última chegou a entrar com uma ação cobrando providência para garantir uma vaga na UTI para a jovem, mas foi tarde. Dulce argumentou que o protesto não trará sua filha de volta, mas pode evitar que outras vidas terminem como a de Eduarda. “Se não for feita nenhuma intervenção agora, muitas mães vão chorar como estou chorado agora”, concluiu.

Câmara de Petrolina quer ouvir versão do HDM/Imip sobre morte de adolescente

  1. fas disse:

    A familia dessa criança não pode acreditar nessas amebas da camara, morre tanta gente, crianças todos os dias por esse tipo de atendimento e, ninguem ver nenhum vereador, e nenhuma autoridade se manifestar, quando aparece é pra se mostrar. é o caso dessa menina, ficam enganando os pais, pedindo informação do IMP ninguem fala da outra criança que morreu por negligência dos medicos do porto da ilha da picada de cobra

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