Após 2 anos, Baque Opará prepara grande prévia para Carnaval de Petrolina

por Carlos Britto // 20 de janeiro de 2023 às 21:35

Foto: Fernando Pereira/divulgação

Após dois anos sem folia em razão da pandemia de Covid-19, o grupo percussivo Baque Opará volta a animar o Vale do São Francisco com a sua tradicional prévia carnavalesca. O cortejo, que segue pelas ruas do Centro de Petrolina, será realizado no dia 11 de fevereiro, com concentração a partir das 16h em frente ao Café de Bule, na Rua Antonio Santana Filho. No local, a animação do grupo e dos foliões fica por conta da DJ Lizandra (confiram o serviço).

O tema deste ano será ‘Eu descendo de todas as tribos, de todos os povos, de todas as cores’. Trata-se do trecho de uma composição da baqueana Nadjane dos Santos (in memoriam), que será homenageada durante o cortejo. A letra deixada por Nadjane foi musicada coletivamente por integrantes do Baque e será tocada pela primeira vez durante a prévia.

O grupo conta atualmente com 70 integrantes, que, com suas alfaias, agogôs, agbês, caixas, timbais e ganzás tocarão ritmos brasileiros e pernambucanos, em especial o maracatu.

Para nós, esse momento da prévia é nosso apogeu enquanto grupo. Estar nas avenidas da cidade ecoando nossos tambores e instrumentos todos em uníssono é muito emocionante. Sentir a energia do público fiel que nos acompanha há 14 anos é luminoso, uma experiência incrível. E esse retorno, após tudo o que vivemos pela pandemia e tantas perdas sociais no Brasil, tem um gosto especial. Estamos radiantes com a chegada desse momento“, destaca Luciana Florintino, uma das fundadoras e membro da Comissão Gestora do Baque Opará.

Por volta das 17h o cortejo terá início, seguindo pelas Avenidas Souza Filho e Guararapes até chegar à Praça da 21 de Setembro, onde a festa continua ao som do Baque Opará Banda e DJ Sandrinha.

História

Fundado em 2008, o Baque Opará é um grupo percussivo que tem como objetivo divulgar os ritmos populares de matriz africana e influência brasileira, especialmente nordestina. Em seu repertório, o coletivo apresenta ritmos como o maracatu, afoxé, samba, côco, ciranda, samba-reggae e funk. Seu nome homenageia o Rio São Francisco, às margens do qual nasceu o coletivo. ‘Opará’ significa Rio-Mar, nome dado ao Velho Chico pelo povo indígena Truká. Daí o grito de guerra que ecoa a cada apresentação (“Opará: batuque do rio que é mar”).

O coletivo é composto, em sua maioria, por estudantes, professores, profissionais liberais, funcionários privados e servidores públicos. Com ensaios semanais, o Baque tem como culminância a realização da prévia carnavalesca, mas também faz apresentações ao longo de todo o ano, em festivais, escolas e eventos diversos, além dos ensaios abertos.

As informações sobre a prévia e o grupo, bem como a programação ao longo do ano, podem ser acompanhadas no perfil do Instagram @baqueopara.

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Últimos Comentários

  1. Tem que desapropriar o imóvel onde ficava a casa da criança, atrás do regente, para fazer um terminal de ônibus.

  2. Deu lugar ao mercado turístico? Por que deram esse nome? Bom, acho que já mudou, mas era melhor ser chamado…