Ao defender sobras da Lei Aldir Blanc apenas para músicos de Petrolina, Ronaldo Silva justifica: “Trabalhadores da cultura não vivem só da cultura”

por Carlos Britto // 05 de maio de 2021 às 14:00

Foto: Ascom CMP/divulgação

Líder do governo municipal na Câmara de Vereadores de Petrolina, Ronaldo Silva (DEM) finalmente conseguiu ter um diálogo com o oposicionista Professor Gilmar Santos (PT) sem descambar para troca de farpas entre ambas as partes. Na sessão plenária de ontem (4) Ronaldo apresentou o requerimento 179/21, solicitando em caráter de urgência do secretário Plínio Amorim (Educação, Cultura e Esporte) a lista dos músicos e demais artistas da cidade que tiveram seus projetos aprovados na Lei Aldir Blanc.

Segundo o líder, sobrou em Petrolina um valor de R$ 247 mil proveniente dessa lei. Como o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei autorizando os municípios a utilizar as sobras da Lei Aldir Blanc, o vereador propôs que esse recurso seja destinado exclusivamente à categoria dos músicos. Segundo Ronaldo, esses profissionais “foram os mais prejudicados” pela pandemia de Covid-19. Ele disse que já teve, inclusive, audiência na Procuradoria para deliberar sobre a proposta.

Ronaldo, que tem o apoio da colega Maria Elena (MDB), além de César Durando (DEM) e do líder da oposição, Marquinhos do N4 (Podemos), disse já ter encaminhado a reivindicação para a secretária Gláucia Andrade (Desenvolvimento Social e Direitos Humanos), que tem dando apoio às famílias dos músicos. Professor Gilmar, no entanto, sugeriu que o requerimento do governista pudesse ser “aprimorado” se ele também incluísse os profissionais do segmento da cultura petrolinense. Ronaldo até compreendeu o posicionamento do colega oposicionista, mas foi categórico em devolver o comentário: “Os trabalhadores da cultura não vivem apenas da cultura, diferente dos músicos que tocam na noite. Os artistas da cultura têm outros afazeres para ganhar seu pão de cada dia, diferentemente dos músicos, que não sabem fazer outra coisa. E eles foram os primeiros prejudicados”.

Por Antonio Carlos Miranda

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