Ambientalista tira suas conclusões sobre disputa entre prefeitura e Compesa: “Questão política”

por Carlos Britto // 04 de junho de 2014 às 19:50

almacks_640x427O representante do Comitê do São Francisco, Almacks Luiz (foto), reforçou ao Blog o que a maioria dos petrolinenses já sabia há muito tempo sobre a pendenga entre a Prefeitura de Petrolina e a Compesa: existe muita política por trás dessa disputa.

Almacks contou que fez uma visita ao gerente regional da Compesa na cidade, Igor Galindo, juntamente com outros integrantes do comitê, ontem (3), por ocasião do Dia Nacional de Mobilização em Defesa do Rio São Francisco. Na conversa, ficou sabendo que a Companhia está investindo R$ 65 milhões no esgotamento sanitário de Petrolina.

Isso será suficiente para o tratamento de 70% do esgoto que atualmente é jogado diretamente no Velho Chico. Os outros 30%, segundo Almacks, o gerente da Compesa informou serem de responsabilidade do município. “A prefeitura, que é a dona do serviço, não tem tecnologia para tratar do esgoto, e nem concede o serviço à Compesa. Então, o problema aqui é político, que tem de ser resolvido pela sociedade petrolinense”, ponderou o ambientalista.

Ambientalista tira suas conclusões sobre disputa entre prefeitura e Compesa: “Questão política”

  1. Pedro Henrique disse:

    Em vez de tomar partido em política de cidade que não é a dele, o ambientalista devia explicar para a sociedade qual o motivo que o comitê do São Francisco realizou reuniões em Salvador e Jaboatao do Guararapes, cidades que não nem ao menos fazem parte da Bacia Hidrográfica do São Francisco.

  2. Jair Lima disse:

    O tal Almacks acredita em tudo que a COMPESA diz. Desconstruindo o discurso: primeiro, esses 65 milhões é dinheiro federal e vem sendo gasto desde o governo FBC, passando por Odacy. Ou seja, são 65 milhões em mais de dez anos, o que dá menos de 6 milhões por ano, sendo que a COMPESA lucra mais de 3 milhões por mês em Petrolina ou 36 milhões por ano, ou 360 milhões em dez anos; segundo, essa história de divisão de responsabilidade é difícil de entender. A COMPESA tem a concessão dos serviços de água e esgoto de Petrolina – de Petrolina por força da CF. Ora se a COMPESA é quem vai arrecadar, pq o ônus do serviço é do município? no mais, alguém que se diz defensor de uma causa universal não pode tomar partido, sob pena de ter a sua credibilidade questionada, prejudicando inclusive o belo trabalho do grupo na defesa do rio São Franciso.

  3. João Filho disse:

    O ambientalista está corretíssimo em suas colocações e não toma partido apenas reconhece quem trabalha pela preservação do Rio São Francisco. O comitê de bacia é formado por representantes dos usuário, pescadores, barqueiros, sociedade civil organizada em geral e representantes do poder público. Se a prefeitura de Petrolina é tão preocupada porque não faz parte do comitê. Além disso vale salientar que as obras da Compesa começaram em 2011 e portanto não tem 10 anos. Tem recurso federal sim, mas para os leigos, na estrutura de saneamento brasileira a concessão se dá pelo município, onde as maiorias das empresas são estaduais e as fontes de recursos normalmente federais, seja para qualquer um que opere sistema de saneamento pois o recurso é para o setor e não por empresa.
    Ademais destaca-se que o ônus dos serviços é do município na parte onde ela não concedeu a operação a concessionária.

  4. Amaral disse:

    Investindo não, gastando. Investir é quando a empresa sabe o que faz

  5. Petrolinense disse:

    Já que você defende tanto a Compesa, explica então aquele bueiro de 10m de largura na Orla2 jogando “mierda” pura no Rio São Francisco!!!! Será que é o esgoto do Dom Avelar? Ou é esgoto do Centro de Petrolina de responsabilidade da Compesa?

  6. Ana Paula disse:

    A iniciativa do Comitê de Bacias foi primordial para alertar a população Petrolinense (todos,inclusive políticos) que a situação que o Rio São Francisco se encontra fugiu do controle das autoridades competentes e de todos que desfrutam das iguarias do Velho Chico. A Compesa deve se manifestar quanto as formas de escoamento dos esgotos e porque está sendo direcionado ao Rio e não a uma unidade estrutural eficiente que despeje os esgotos. Prefeitura e Compesa apresentam sistemas falhos de saneamento básico que agridem a população que está apática com os resultados apresentados por estas unidades responsáveis e não tomam iniciativa quando aos erros aglomerando cada vez mais problemas e mais dejetos. Devemos cobrar pelos serviços de má qualidade que nos são oferecidos e manifestar em defesa do Rio São Francisco que é um patrimônio e riqueza natural brasileira de todos.

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