Alexandre Garcia e a CPI da Petrobras

por Carlos Britto // 24 de maio de 2009 às 16:44

alexandre-garcia“A oposição exagera no barulho. O governo exagera um pouco no catastrofismo. O governo quer tudo: presidência, relatoria da CPI. Radicalizar não é bom, mas também não é bom ceder o poder. As CPIs começam com muito entusiasmo e depois acabam. A última, das escutas telefônicas, tem dificuldade até para terminar.

A oposição exagera no barulho. O governo exagera um pouco no catastrofismo. Diz que vai atrapalhar negociações para financiar o pré-sal, para construir uma refinaria gigantesca; vai atrapalhar na Bolsa. Mais ou menos como o fim da CPMF iria atrapalhar as contas públicas, e nada aconteceu. Lembram-se da CPI dos Bingos, que seria a CPI do fim do mundo? Pois o mundo não acabou.

O que importa é que a Petrobras é uma empresa tão grande e tão importante para o Brasil, que investigações não podem ser palanque de nada. Apurações sérias sobre elisão fiscal, ou sobre patrocínios, os superfaturamentos, ou excessos de bondades internas, ou uso político, podem aprimorar a empresa e torná-la ainda mais sólida. Podem ajudar a purificar as contas e com isso sobrar mais para os acionistas, vale dizer sobrar mais para o Tesouro Nacional. Se assim for, será bom para a empresa, bom para o governo e bom para o país.

Se a oposição ficar no barulho, fica mal para ela. No jogo político, teoricamente, o governo tem maioria tranquila: oito a três na comissão de inquérito. Mas o governo não está tranquilo, porque o Senado não tem sido dócil. O PMDB menos ainda.

Um argumento do governo é que a CPI desmoralizaria a Petrobras, abrindo caminho para privatizar. É bom lembrar que nada desmoralizou mais a empresa estatal do que as siderúrgicas e telefônicas que davam prejuízo e passaram a dar lucro depois de privatizadas. A Petrobras já dá lucro e pode aproveitar a CPI para ficar melhor – isso bem que poderia ser o objetivo a unir governo e oposição”.

Alexandre Garcia e a CPI da Petrobras

  1. Robson Siqueira disse:

    Viva ao senador Arthur Vigilio homem integro e que acredita no que faz, diferente de alguns deputados da região… VIVA A DEMOCRACIA!!!!!!!

  2. ATENTO disse:

    Uma empresa do porte da Petrobras jamais deveria estar envolvida em picuinhas políticas. Essa CPI não tem outro objetivo a não ser eleitoreiro. Mas o tiro pode sair pela culatra. Quando as investigações iniciarem, vamos saber, por exemplo, o que estava por trás da vontade de FHC em querer privatizar a PETROBRAS. O ex-genro de FHC terá muito o que explicar.

  3. GEMADACOSTA disse:

    Prezados, falo com propiedade no que diz respeito a PETROBRAS. Trabalho na melhor e maior empresa do Brasil há pelo menos 20 anos e pude vivenciar de perto os mandos e desmandos do intelectual e professor FHC na PETROBRAS; na época ele deteminou que a PETROBRAS fosse dividida em várias “Unidades de Negócios” para que ficasse mais fácil a venda, pois fracionando a empresa poderia privatizar apenas a parte rentável e a parte “podre” ficaria com a União…
    Me lembro ainda que não havia investimentos em manutenção, e em segurança(SMS-Segurança, meio-ambiente e Saúde) as refinarias, plataformas e parques de tanques funcionavam a meia-bomba colocando em risco a nós funcionários e ao meio-ambiente; acreditávamos que a intenção do governo na época era fragilizar ao máximo a parte operacional colocando em risco a continuidade operacional das unidades. Com isso veio a destruição da P-36 (afundou), o derramamento de petróleo na Baía de Guanabara (RJ) entre outros acidentes com o intuito de colocar a opnião pública contra a PETROBRAS (na época as notícias da PETROBRAS na mídia era só de acidentes diferentes das notícias de hoje que se fala de recordes, descobrimento de novas tecnologias e outras…).
    A PETROBRAS hoje é muito diferente da PETROBRAS da época do Presidente intelectual, e talvez isso deva estar incomodando o PSDB… Sou contra a CPI pois ela nada mais será que instrumento para a oposição visando 2010, acredito que o Presidente Gabrielle poderia dar as explicações necessárias em audiência pública no Senado Federal.

    Abraços ao amigos do blog.

  4. Sara disse:

    Arthur Virgilio íntegro???
    Veja a declaração dele: “Em 1986, fui obrigado a fazer caixa 2 na campanha para o governo do Amazonas. As empresas que fizeram doação não declararam as doações com medo de perseguição política”, disse ele, em matéria assinada por Valdeci Rodrigues. O repórter anotou, após essa afirmação, que o então deputado “ficou tranqüilo porque esse crime eleitoral que cometeu já está prescrito”.

    Se quiser saber mais acesse o site: http://www.vermelho.org.br/diario/2005/1113/1113_virgilio.asp

  5. GEMADACOSTA disse:

    . o Presidente intelectual e professor FHC, fez as seguintes manobras para privatizar a PETROBRAS:

    . Aparelhou o Conselho de Administração da PETROBRAS e substituiu seis conselheiros por prepostos da iniciativa privada e de empresas internacionais de petróleo.

    . O objetivo era cortar na carne da empresa, demitir, reduzir investimentos, sucatear os planos de manutenção aumentando assim a possibilidade de acontecer um acidente de grandes proporções (ninguém se engane pois as empresas de petróleo são uma das que mais matam no mundo, mesmo com muito investimento na área de prevenção de acidentes imagine sem investimento) tentando com isso demonstrar que a PETROBRAS não tinha competência para administrar o monopólio da União.

    . Um presidente da PETROBRAS, do período FHC, Francisco Gros, disse logo após a posse que a Petrobras passaria de empresa estatal a empresa privada de capital internacional.

    . Dividiu a Petrobras em 40 subsidiárias/unidades de negócios, para privatizá-las, uma a uma.

    . A privatização começaria com a Refinaria Alberto Pasqualini no Rio Grande do Sul.

    . Vendeu 36% das ações da Petrobras na Bolsa de Nova York por menos de 10% de seu valor real.

    . Aprovou a Lei 9478/97 que contraria a Constituição e concede o petróleo – que deve ser da União – a quem o produz.

    . Mudou o nome da Petrobras para Petrobrax, para vendê-la melhor nos países de língua inglesa, o que não emplacou pois a marca tem um forte apelo popular.

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