Hoje faz 20 anos que Petrolina perdeu um dos mais importantes rádio-jornalistas de sua história. Juarez Farias militou por muitos anos na Emissora Rural e foi referência profissional de sua geração.
Voz clara, redação precisa e gestos nervosos eram características suas. Profissional respeitado e admirado, era justo e letal em suas colocações. Infelizmente ele faleceu em um trágico acidente automobilístico, depois de um jogo da Copa do Mundo de 1994.
Tive o prazer de conhecê-lo e trabalhar ao seu lado ainda no início de minha trajetória profissional. Junto com vários colegas que o conheceram, deixamos aqui nossa homenagem.
Juarez era tao meu amigo que o destino quis que ele fosse sepultado com uma camisa minha, a melhor do meu guarda-roupa.
Estive com ele até meia noite no bar do Amendoim e viajei para cobrir a Missa do Vaqueiro, em Serrita, para o Jornal do Commercio. Ele ficou em Petrolina para fazer a repercussão da Copa do Mundo, para o Diário de Pernambuco.
Quando voltava para casa, na Vila Eduardo, meu inesquecível amigo perdeu a vida com apenas 39 anos de idade. Um “motorista” não habilitado atirou o carro contra o de Juarez em plena Av. Monsenhor Angelo Sampaio.
O companheiro César Rocha, que trabalhava comigo na Sucursal do JC,me localizou em um hotel, em Salgueiro, perto da meia noite.
Junto com o companheiro e fotógrafo, Joás Vitorino-o Maninho, que também foi chamado por Jesus, parti para o interior de Serrita para levar o triste fato ao conhecimento do meu amigo Mansueto de Lavor, que era grande amigo de compadre de Juarez .
A nossa viagem de Salgueiro a Petrolina, para o velório de Juarez, que era meu vizinho na Vila Eduardo, foi uma das mais longas da minha vida.
Quando chegamos, a minha mulher notou que o corpo do Juarez estava vestido com uma camisa minha, de mangas compridas. Por que isso?
O fato é que a minha casa ficara fechada (eu viajara para Serrita) e a lavadeira deixou a roupa lavada na casa de Juarez. Nossa amiga Terezinha Teixeira, homônima da viuva de Juarez, e muito amiga do casal, estava ajudando nos preparativos para o sepultamento e retirou do guarda-roupa a camisa amarela muito bonita que estava no meio das roupas do meu velho companheiro.
Eu só soube deste fato quando o corpo de Juarez já tinha sido sepultado na sua querida cidade de Patos de Espinharas, na Paraíba.
O destino me levou a trabalhar e conviver bons dias com o velho conterrâneo Juarez de Farias Ângelo, de quem jamais esquecerei.
Também tive o prazer de trabalhar com Juarez no Jornal o Sertão. Figura alegre, competente e grade amigo. Com certeza Deus o convocou para compor a imprensa celestial.
Juarez levou a muitos, como eu, a escolher o jornalismo como profissão. Criança, ouvia Juarez na Emissora Rural, pois minha mãe que sempre seguiu os grandes profissionais do rádio desde a Paraíba, tinha Juarez como ídolo no rádio-jornalismo e portanto, segui seu caminho, me inspirando nesse grande profissional e no meu amigo e compadre de Juarez, o grande jornalista Machado Freire que é o meu padrinho na profissão.
Alguém sabe por onde anda Robinson Nery e Antônio Fernandes : dois locutores excepcionais, de uma época onde para se enfrentar um microfone precisava ter preparo e voz agradável ( não cheia de impostação e falsetes,como esses locutores-cópias de hoje em dia) ?
O Robinson Nery ,para quem não sabe foi “GENTILMENTE CONVIDADO A IR EMBORA DA CIDADE” por pessoas ligadas intimamente a certo político da cidade !!! Quando Juarez chegou na cidade , essas mesmas pessoas deram um chega-prá-lá nele , mas a ditadura estava indo embora … e o resto é história ! Gente do MDB das antigas conhece muito bem essa história!!!
Grande homenagem a quem sempre dignificou a família a profissão e as boas amizades…Saudades, Juarez…Continua e continuará sempre entre nos…
Um tia que jamais irei esquecer… Nem sabia que um dia seguiria sua profissão, só tenho a certeza que ele ficaria muito orgulhoso de sua sobrinha… Eternas saudades
estive ao lado de Juarez farias e vir quando ele suspirou pela ultima vez, ele falava insistentemente o nome de alguém talvez de um filho porque era um nome masculino eu não o conhecia pessoalmente, eu estava vindo da casa de minha namorada de ônibus quando vir o acidente pedir pra o motorista parar e como o corpo de bombeiro naquele tempo não fazia muita diferença no atendimento, e por eu ser bombeiro, retiramos ele das ferragens com um corte bastante profundo na testa que ia até o nariz conduzimos na carroceria de uma pick-up até o hospital Dom-Mallan onde o medico de plantão disse que por causa das varias fraturas não tinha condições de atendelo, então o levamos pra sot em juazeiro onde ele veio a óbito por volta das meia noite e meia por ai.
Esse foi um dos maiores jornalista que pude conhecer atuando na Emissora Rural a Voz do São Francisco
Alí pelos anos 1980 e até mas tarde
Juarez farias um Radialista imparcial