A yalorixa Lúcia de Fátima Batista de Oliveira, Mãe Lúcia, do estado da Paraíba, em visita a Salvador durante o carnaval, foi vítima de intolerância religiosa pelos donos de uma lanchonete, aparentemente evangélicos, no Centro Histórico.
De acordo com ela, o fato ocorreu na última terça-feira, início da noite, na lanchonete “Maná” no Terreiro de Jesus. Segundo a yalorixa, ela solicitou ao garçom uma mesa para ser colocada do lado de fora do estabelecimento porque fazia muito calor. Minutos mais tarde percebeu que o garçom colocava mesas do lado de fora para outros clientes e foi procurar saber por que ela não era atendida. O garçom disse a ela para se dirigir ao dono do estabelecimento.
Ao se dirigir ao proprietário, Mãe Lúcia conta que ele olhou para a sua blusa, onde estava escrito “Oxum” e disse que “Jesus estava fechando o estabelecimento”. Ao protesto da yalorixa, que evocou Oxum, como orixá que abre todos os caminhos, o proprietário do estabelecimento teria iniciado uma sessão de exorcismo com o dedo em riste sobre ela, na presença de todos os seus funcionários, pedindo a Jesus que “expulsasse o demônio daquela casa”.
A yalorixa levou o caso à Delegacia de Proteção ao Turista, no Centro Histórico, que numa rápida apuração in loco, voltou com a versão do proprietário da lanchonete de que ela teria dito que: “Exu ia fechar o estabelecimento dele”. Mãe Lúcia denunciou o fato hoje, às 14h, na Promotoria do Combate ao Racismo do Ministério Público.
Intolerancia?
Muito normal, uma vez que em Salvador não existe esta cultura de terreiro, pai de santo e outras ceitas…
Na verdade o Brasil vive um outro tipo de nazismo patrocinado pelos evangélicos contra TODAS as demais religiões e seitas. Não é apenas intolerância, mas sobretudo preconceito e ignorância. Mesmo na Bahia as pessoas ainda confundem OXUM com EXU, XANGÔ com OGUM e por aí vai…
É preciso que a sociedade diga aos evangélicos que o modo como você se relaciona com o divino Deus só diz respeito a você mesmo!
Deus salve os orixás!