Vazão do Lago de Sobradinho volta a prejudicar barquinhas na travessia Juazeiro/Petrolina

por Carlos Britto // 03 de abril de 2017 às 16:08

A primeira etapa da redução da vazão, de 650 metros cúbicos de água por segundo (m³/s) do Lago de Sobradinho, no norte da Bahia, voltou a interferir no atracamento das barquinhas que fazem a travessia pelo Rio São Francisco entre Juazeiro/Petrolina.

Devido ao baixo nível do Velho Chico, as barquinhas estão parando cada vez mais distantes, o que tem ocasionado transtornos aos passageiros, que muitas vezes sujam os pés ao descerem das embarcações. Com o período chuvoso, a situação piora.

Tanto em Juazeiro quanto em Petrolina, a água já recuou bastante da margem do rio. Anteriormente, estava em vigor a autorização para a média diária mínima de 700 m³/s. Vale frisar que a o Lago de Sobradinho está, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com pouco mais de 15% de seu volume útil.

Caso não seja observado o comprometimento aos usos da água e aos usuários do recurso, a Chesf poderá executar a segunda etapa do teste, que terá vazão reduzida para uma média diária de 600 m³/s”, justificou a Agência Nacional de Águas (ANA), após autorizar a diminuição da vazão.

Vazão do Lago de Sobradinho volta a prejudicar barquinhas na travessia Juazeiro/Petrolina

  1. Francesco disse:

    O caos se instalou no vale. Ano a ano o Velho Chico diminui sua vazão média. Já foi 2.600m3/s, depois 1.600m3/s, 1.300m3/s. E agora 600m3/s, até o final do ano pode baixar para 500m3/s. Como consequência desse caos foi extinto a navegação comercial que chegou ao fim com a decisão da Icofort de parar o transporte de soja em virtude da diminuição da vazão do rio logo no inicio da crise, em 2012/2013. Em 2015 os projetos de irrigação estiveram sob ameaça. Se a coisa não melhorar, nos próximos meses pode a crise se instalar na região. Cessar completamente a navegação, como as Barquinhas que fazem a travessia Petrolina-Juazeito e com as ilhas. Será extinta a Companhia de Navegação local por falta do que fiscalizar. Os empresários da fruticultura irrigada ficarão proibido de implantar novas áreas, em um primeiro momento, e depois até mesmo reduzir a área plantada. O turismo de lazer sofrerá um baque enorme ante um rio com poucas águas, tornando-o mais poluído. As usinas hidroelétricas fecharão as portas. Caos e mais caos, eis o futuro se as chuvas não voltarrm ao normal.

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