Tráfico de drogas ainda é principal motivo de homicídios em Petrolina, segundo Polícia Civil

por Carlos Britto // 16 de novembro de 2018 às 17:59

Delegados Magno Neves, Jairo Marinho e Marceone Ferreira. (Foto: Gabriel Siqueira/Blog do Carlos Britto)

Assim como em boa parte do país, em Petrolina a maioria dos homicídios ainda está relacionada ao tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil (PC). Como este Blog mostrou, a Secretaria de Defesa Social divulgou que o mês de outubro de 2018 em Pernambuco foi o 11º seguido com queda de homicídios em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado desde janeiro, o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) caiu em 22% em relação ao período correspondente em 2017, saindo de 4.576 vítimas para 3.563.

O delegado Jairo Marinho, titular da Diretoria Integrada do Interior (Dinter 2), disse que, apesar do crescimento populacional de Petrolina, a polícia vem mostrando resultados positivos. “Estava um número muito grande de homicídios em Petrolina, embora a gente saiba que a população aumentou, e com ela vêm os crimes. O tráfico está entrelaçado a esses homicídios e, sempre quando se está investigando um homicídio, a gente acaba encontrando tráfico de drogas”, registrou Marinho, comentando sobre o episódio de um casal morto dentro de um carro no último mês de fevereiro, na saída da cidade, e que a PC desvendou o crime prendendo os suspeitos na última quarta-feira (14).

Já Magno Neves, da Delegacia de Homicídios, responsável pela investigação desse duplo homicídio, frisou que hoje não existem facções criminosas atuando em Petrolina. “A Polícia Civil vem trabalhando de forma intensa. Não há domínio, não há facção aqui em Petrolina. Ninguém domina o tráfico aqui, a polícia trabalha sério. Eles buscam, mas não alcançam, porque a polícia vem dando a resposta que merecem”, declarou o delegado.

Tráfico de drogas ainda é principal motivo de homicídios em Petrolina, segundo Polícia Civil

  1. Defensor da liberdade disse:

    Mas segundo alguns inteligentes, bom mesmo é deixar um comércio lucrativo nas mãos de uma minoria do mercado negro, gente capaz de tudo para ter seus lucros estrondosos, sem as regras de um comércio legal. As drogas ilegais hoje são uma das maiores causas de homicídios, bem como de encarceramentos. As estatísticas estão aí para mostrar a imbelicidade que é a proibição e a guerra contra as drogas. Quem defende tal coisa não tem amor ao próximo. Se abrir a boca para dizer que é cristão é um hipócrita.

    1. JOAQUIN TEIXEIRA disse:

      Ao invés de se combater um problema, está se criando outro (mais dependentes químicos). Ora, o tráfico de drogas continuará existindo legalizando as drogas ou não, talquei. Liberar as drogas sob o pretexto de acabar com o comércio ilegal vai dar exatamente nisto: dois mercados, lucros dobrados. Afinal, mais pessoas irão consumir drogas devido a facilitação do uso. E quando as pessoas dependentes não tiverem como comprar no comércio legal, elas vão recorrer a quem?
      O acesso fácil as drogas é um caminho para perdição. E o caminho a Deus é oposto ao caminho da perdição.

      1. Defensor da liberdade disse:

        Sr. Joaquin, você é completamente leigo no assunto, seus argumentos são muito frágeis e não se sustentam pois são ilógicos. Lucro dobrado? Isso atenta contra todas as leis econômicas, num mercado legal e de livre concorrência não existem lucros extraordinários, pois sempre existe concorrência, fazendo com que os preços estejam sempre baixos, o que impede grandes lucros. É óbvio que sempre vai existir um mercado paralelo, mas poucos se arriscam neste, pois os custos de operação, a escala de produção não industrial, fora todo o risco de operação (suborno de autoridades, risco de mercadoria ser apreendida, suborno de concorrentes, concorrência disputada à bala, falta de segurança jurídica e respeito aos contratos) faz com que o preço do produto seja alto, o que impede de concorrer com os laboratórios legalizados. A tendência é que os baixos preços do mercado legal desestimule a operação de mercados negros, com isso teríamos uma drástica redução do poder financeiro e principalmente bélico de cartéis de drogas.

        Entenda que legalizar drogas não é para diminuir consumo, isso é impossível, as pessoas vão consumir drogas quer elas sejam legais, ou ilegais, e contra isso nem você e nem o estado nada podem fazer. Legalizar as drogas é para tirar das mãos de pessoas de caráter duvidoso, que matam e subornam para ter seus lucros, e por nas mãos do livre mercado, onde há regras e respeito aos contratos. O resto dos seus argumentos são puramente sentimentais, portanto não irei questionar, pois não se baseiam na razão, e aqui o que vale é a razão.

        1. JOAQUIN TEIXEIRA disse:

          Isso não passa de teoria abstrata. Na realidade, os produtores de drogas alucinógenas ficarão ainda mais fortes e poderosos, com a legalização das mesmas para uso recreativo. Afinal, eles já dominam as cadeias de produção em larga escala. Com a legalização, o número de consumidores irá se multiplicar. Parte deles entrará na legalidade, e vai ganhar das duas formas (tanto legalizado, quanto no tráfico).
          E o que mais chama atenção é que são prejudiciais a saúde humana. Procure o artigo da Professora Mary Ann Saraiva aqui no blog do Carlos Britto com titulo “Maconha legaliza ou não”. Acho que isso vai esclarecer muito suas dúvidas.
          O que vai dimunuir a violência não é a legalização de drogas, e sim investir em educação e infraestrutura (em áreas pobres)!

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