Trabalho sobre nascente do Rio São Francisco é apresentado na Câmara dos Deputados

por Carlos Britto // 01 de novembro de 2012 às 21:02

O trabalho que estabeleceu as definições geográficas dos rios São Francisco e Samburá, feito pelos engenheiros agrônomos da Codevasf, Geraldo Gentil e Miguel Farinassa, foi alvo de elogios durante a audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, realizada esta semana.

A audiência debateu o projeto de lei que cria o monumento natural do rio Samburá, que passaria a compor o mosaico de unidades de conservação da Serra da Canastra. “Vocês são os autores intelectuais desse projeto que é de extrema importância para a preservação dos rios Samburá e São Francisco”, ressaltou o prefeito municipal de Medeiros (MG), Weber Leite Cruvinel, um dos palestrantes do evento.

Em sua exposição, Miguel Farinassa explicou que as divergências que havia sobre a extensão do São Francisco e sobre qual seria sua verdadeira nascente desencadeou o trabalho. Os engenheiros e outros técnicos da empresa visitaram as nascentes dos rios e realizaram a medição com técnicas de geoprocessamento. Segundo ele, a observação de diversas fontes de informação gera um questionamento sobre a relação hidrológica entre o rio principal e o afluente entre os rios São Francisco e Samburá.

Resultados

O fato foi observado em imagens de satélite Landsat e em cartas topográficas. Nos arquivos digitais, pode-se observar que a bacia hidrográfica do rio Samburá possui maior área geográfica do que a do São Francisco. Pelo critério de área da bacia hidrográfica, o rio Samburá conteria, assim, as nascentes verdadeiras do São Francisco.

Ele explicou também que, nas imagens de satélite e cartas disponíveis, pode-se verificar que o Samburá é um rio mais extenso que o São Francisco, a partir de suas confluências. Também observa-se que, na confluência, o Samburá tem calha mais larga e maior vazão que o São Francisco.

Finalizando sua exposição, o técnico apresentou as recomendações geradas a partir do trabalho. Uma delas é encaminhar uma petição ao IBGE/RJ solicitando a homologação do estudo da Codevasf, feito nos anos de 2002 e 2003. Além disso, eles recomendam que, além da criação do Monumento Nacional do Samburá, as prefeituras proponham a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) das cabeceiras ou das cidades-mães do São Francisco, e que acreditem na indústria do turismo ecológico como potencial gerador de riqueza na região. (Fonte/foto: Ascom Codevasf)

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