Targino Gondim celebra 20 anos de carreira e organiza Festival Internacional da Sanfona em Juazeiro

por Carlos Britto // 06 de junho de 2015 às 21:32

Com 20 anos de carreira, o forrozeiro Targino Gondim celebra a data com muita produção, concentrada em três novos discos. O primeiro foi o “Canções Divinas”, um CD com temática religiosa, lançado no fim de 2014, pela proximidade com o Natal.

Recentemente, Targino lançou o “É Festa”, que além de conter canções do ritmo que o consagrou, traz também referências de outros estilos musicais, a exemplo do reggae e axé, através de canções de artistas como Gilberto Gil, Lazzo Matumbi e Carlinhos Brown.

O terceiro álbum sairá em julho, durante o Festival Internacional da Sanfona e será um disco instrumental, com participações de sanfoneiros renomados como Oswaldinho do Acordeom, Renato Borghetti, Beto Ortiz, Cezzinha, Quinteto Sanfônico da Bahia e o argentino Héctor del Curto.

Festival Internacional da Sanfona

Em entrevista ao site Bahia Notícias, Targino explicou como vai ser o Festival Internacional da Sanfona. “É o maior evento que acontece da sanfona no Brasil. Acontecem vários, mas esse é o maior. A gente está na terceira edição, agora em julho, em Juazeiro. É um festival gratuito, temos workshops, oficinas de sanfona, teremos exposição de sanfonas e concurso de sanfoneiros. O vencedor ganha uma sanfona profissional, que é um instrumento caro, que custa de R$ 20 mil para cima. E teremos shows eruditos e populares, com representantes de todas as regiões do Brasil, para tocar no festival e mostrar como a sanfona é tocada em cada uma dessas regiões”, contou.

Targino disse que o evento vai contar com participações de artistas internacionais. “Traremos também cinco ou seis músicos internacionais de diversos continentes. A ideia do festival veio de Celso Carvalho, que já mexia com produção cultural em Salvador e foi morar em Juazeiro. A gente conversando teve a ideia de realizar o evento. Então eu comecei no primeiro festival, usando minha amizade e credencial para tornar real. Liguei para Dominguinhos, Oswaldinho, Renato Borghetti, Sivuca, que era vivo ainda na época que a gente estava começando a criar. Ele queria muito participar, mas já estava doente. A gente conseguiu a partir dessa história. E eu creio que na verdade no primeiro festival todos eles foram por minha causa. E ninguém esperava, eu já vislumbrava isso, que ia ser de sucesso, mas eu via divulgava, chamava imprensa e percebia que as pessoas achavam legal, mas ainda não entendiam e não estavam na mesma sintonia que eu. Elas não visualizavam o que eu enxergava. O festival aconteceu em 2009 e 2010”, revelou.

Falta de patrocínio

O músico também falou da dificuldade para conseguir patrocínio. “Infelizmente para fazer cultura a gente sempre tem esses empecilhos, então de 2010 para cá não conseguimos renovar com um patrocinador substancial. Agora a gente conseguiu com o BNDES, em edital, e temos alguns outros que a gente está negociando. A intenção é que esse festival aconteça por mais anos e que em breve a gente consiga sediar uma Copa do Mundo do Acordeom. Essa Copa já acontece em vários países, a gente já tem esse contato com a Associação dos Acordeonistas e pretende ver se é possível realizar aqui. Além disso, o festival nasceu em Juazeiro, mas quem sabe no futuro ele não possa virar um evento itinerante?”, finalizou. (foto: reprodução)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários