Superintendente minimiza situação do HU e diz que denúncias são “descabidas”

por Carlos Britto // 17 de setembro de 2015 às 07:00

GEDC0229Diferente do que mostram as denúncias diárias na imprensa local, o superintendente do Hospital Universitário (HU) da Univasf, Ricardo Pernambuco, garante que a unidade tem prestado um atendimento “totalmente  satisfatório” à população.

Presente na audiência pública que discutiu ontem (16) a rede de saúde integrada Pernambuco/Bahia (PE-BA) na Casa Plínio Amorim, o superintendente garantiu que a unidade dispõe de todos os insumos necessários e que o único entrave na unidade seria a falta de anestesistas.

Nós precisamos de dezoito anestesistas e só estamos com doze, e isso provoca um atraso no atendimento. Peço aos parlamentares que antes de ouvirem as queixas nos procurem, que nós teremos prazer de esclarecer tudo para evitar algumas informações completamente descabidas do que é a realidade do hospital”, disse.

Ricardo informou ainda sobre o crescimento exorbitante no número de acidentes de moto na região que, segundo ele, inviabiliza o atendimento na unidade. Segundo o superintendente, nos últimos meses os acidentes envolvendo motocicletas tiveram crescimento de 120%.

Em janeiro deste ano aconteceram mais de 150 acidentes em Petrolina. Em agosto este número já estava em 300. Os acidentes de moto hoje são o grande problema do nosso hospital. Nós tivemos um aumento no número de acidentes em 120%. Se nós não resolvermos a questão dos acidentes de moto nesta região, nós nunca teremos um atendimento adequado. Este crescimento no número de acidentes de moto inviabiliza o atendimento em  qualquer hospital deste país”, finalizou o superintende.

Comentário Meu:

O Hospital  que Dr.Ricardo Pernambuco se refere não deve ser o mesmo que as pessoas ficam cerca de quinze dias com fraturas e não são cirurgiadas. Também deve ser mentira de tanta gente que nunca tem equipe pronta para cirurgias. Acho que o Hospital Universitário deve mesmo ter problemas de recursos, falta de insumos e outras prioridades, mas está claro que falta gestão e sensibilidade por muita gente que tem lá. Na verdade isso nem parece a poeira do padrão Fifa prometido pelo reitor Julianelli Tolentino, preocupado em se reeleger em seu posto.

Essa crítica só é dirigida a quem não tem compromisso, pois registramos dezenas de pessoas bem intencionadas e comprometidas com o produto final: vidas humanas.

Superintendente minimiza situação do HU e diz que denúncias são “descabidas”

  1. Fabio Nonato de Miranda disse:

    O grande problema carlos Britto é que o Reitor quer trabalhar, mas insiste em se cercar de pessoas incompetentes. Resultado: demora no atendimento das demandas mínimas.

  2. Maria disse:

    Se não tem equipe cirúrgica pronta, então, onde anda esses profissionais? O que estão fazendo que não estão cumprindo com suas obrigações no Hospital?
    (Essa equipe me refiro aos médicos, pois com certeza os enfermeiros e outros profissionais, vamos dizer assim, “menores” estão lá dando tudo de si para o bom andamento, mas sem os “maiores” médicos, não se pode fazer nada).

  3. Maria Josefa Silva disse:

    Criticar é muito mais fácil. Um número enorme de acidentes, causados por irresponsabilidade dos usuários de moto. Deviam saber que moto causa danos a vida e grandes prejuizos à nação. E pensar que o atendimento é precário e ter mais cuidado. Ele está certíssimo em dizer que não há no mundo nenhum hospital que cumpra como a população quer, diante de tanta irresponsabilidade dos usuários deste transporte barato e “quase” fatal.

  4. mamadindo@outlook.com disse:

    Enquanto o ilustre diretor do HU classifica as informações da Camara como descabidas, muitas pessoas estão morrendo ou se agravando na porta do hospital. Ele mudou totalmente o foco do assunto para o tema acidentes de moto. Como assim ilustre Ricardo Pernambuco? Faltam anestesistas? E para que mesmo foi realizado concurso público com vagas para anestesistas? Acho que descabidas são as suas informações! Onde andará a EBSERH? Não viu a necessidade de anestesistas quando elaborou o certame?
    O diretor em tela fala que o problema hoje são os acidentes de moto, mas, e a situação daquela senhora que estava precisando com urgência de uma cirurgia de vesícula e foi noticiado aqui no blog. A pobre coitada definhando em um sofá na sala de casa. Um médico de petrolina, sensível ao diploma que carrega ofertou todo o atendimento, já que o HU não fez nada por ela. Cirurgia de vesícula é devido acidente de moto? Pensei que não.
    Caro diretor, ao se pronunciar em público leve informação coerentes e não essas descabidas!

  5. Marcio disse:

    O problema é que muitos dos médicos de Petrolina, querem ganhar rios de dinheiro sem cumprir a carga ao qual o contrato exige. Como a EBSERH exige o cumprimento, e assim tem que ser, não preenche as vagas existentes. Muitos dos médicos estão se formando apenas pelo dinheiro, então tudo que ganhar, vai ser sempre pouco.

  6. Marcio disse:

    Quanto a acidentes de moto, realmente custa caro e se ocupam muitas e muitas vagas em hospitais, não justifica muitos dos atendimentos ruins, mas realmente muita gente de moto, parece que quando senta, senta no cérebro. O que vemos de imprudência, falta de amor a própria vida, pressa descabida e muito mais é absurdo.

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