Setor jurídico da Secretaria de Habitação decidirá situação de comunitária do Cacheado que foi excluída do ‘Minha Casa, Minha Vida’

por Carlos Britto // 18 de agosto de 2016 às 15:31

elinalva na secretaria de habitação

O caso da comunitária Elinalva Lopes de Souza Alves, moradora do bairro Cacheado, zona oeste de Petrolina, que foi excluída do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (18). Ela se dirigiu até a Secretaria de Habitação, onde foi recebida pela secretária Edinalva Gomes, a ‘Nalvinha’.

A reportagem do programa ‘Manhã do Vale’, da Rádio Jornal Petrolina, acompanhou a comunitária, mas Nalvinha não se pronunciou sobre o assunto – segundo ela, por conta de uma orientação  da assessoria de comunicação da prefeitura, devido ao período eleitoral.

Contudo, Ana Célia Marinho, assistente social da Secretaria de Habitação, se pronunciou. Ela explicou que o próximo passo será encaminhar a documentação de Elinalva para o setor jurídico da pasta. “Vamos pegar a documentação dela e passar para o jurídico. Depois, a gente retorna o processo para ver qual a decisão do jurídico. Se houve uma denúncia, tem que ser averiguada”, comentou Ana Célia, que reiterou que a denúncia contra a comunitária foi feita através da Ouvidoria.

Ana Célia garantiu que a casa, a qual inclusive foi vistoriada por Elinalva, continua fechada. “Somente depois do resultado da averiguação é que a gente pode tomar providências”, disse, informando que vai comunicar à rádio o resultado que o setor jurídico dará.

O caso

Elinalva Lopes de Souza Alves foi acusada de já ter uma residência no bairro Cacheado e, portanto, não poderia constar na lista de beneficiários do programa. Inconformada, ela contestou. Mas a prefeitura, através da assessoria, rebateu e disse que a comunitária admitiu que já era proprietária de residência, mostrando-se disposta, diante de testemunhas, a assinar o documento desistindo do imóvel.

A comunitária contou, também em entrevista à Rádio Jornal, no último dia 5 de agosto, que ainda foi obrigada a assinar um termo de desistência, pelo qual abria mão da casa. “Assinei com o dedo porque não sei escrever”, informou. Uma vizinha de Elinalva também disse que assinou o termo, mas afirmou que achava que seria para ela ganhar o imóvel. Recentemente ela abriu as portas do imóvel onde mora para a reportagem e voltou a afirmar que mora de aluguel com sua irmã, que tem problemas psicológicos. (foto/Marco Aurélio)

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