A Câmara de Vereadores de Serra Talhada (PE), Sertão do Pajeú, realizará nesta sexta-feira (20), às 8h, uma audiência pública em defesa dos bancos públicos e estatais. A agenda é uma articulação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, que retoma a campanha contra as privatizações da Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. O evento marca também a inauguração da subsede do Sindicato dos Bancários na cidade sertaneja.
Segundo a entidade, os bancos públicos exercem papel fundamental para o desenvolvimento social e redução das desigualdades inter-regionais, beneficiando a população de municípios do Interior. O BNB injetou R$ 32,7 bilhões em 2018, através de contratações do Fundo Constitucional de Investimento no Nordeste (FNE) e, neste ano, já investiu R$ 13,4 bilhões, sendo mais de R$ 2 bilhões destinados à agricultura familiar.
“Há por parte do governo federal a intenção de desvincular esses recursos, com possibilidade de gestão do dinheiro por entidades privadas, ameaçando a Região Nordeste”, alerta o sindicato.
Também será denunciado o esvaziamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é o maior Fundo de investimento social do País e gerido pela Caixa, além da venda da Lotex. De acordo com o último balanço anual (2018), foram destinados do FGTS R$ 55,1 bilhões para a habitação; R$ 496,1 milhões para obras de infraestrutura; e R$ 2,7 bilhões para obras de saneamento. Quanto aos pagamentos, apenas em 2018 a Caixa repassou R$ 107,5 bilhões aos trabalhadores brasileiros. 98% dos municípios já foram beneficiados.
Com relação ao Banco do Brasil, o governo vai entregar R$ 20,8 milhões de ações, aumentando a influência de acionistas nas decisões do banco e, assim, enfraquecendo sua função pública. O BB iniciou ainda um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) que, entre outras medidas, transforma 333 agências do País em Postos de Atendimento.
Interiorização
No sábado (21), o Sindicato realizará o 8º Encontro dos Bancários do Interior, a partir das 9h, para debater com a categoria a Campanha Nacional 2019, direitos e revolução 4.0.
