Sento-Sé: Incêndio é controlado no Parque Nacional Boqueirão da Onça, mas fogo ainda pode ressurgir

por Carlos Britto // 11 de setembro de 2018 às 16:00

(Foto: ICMBio/Divulgação)

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) conseguiu controlar, ainda no dia de ontem (10), o incêndio no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, em Sento-Sé, no norte da Bahia. As chamas assolaram a unidade desde o final de agosto e consumiram 3.075 hectares, segundo dados oficiais da Divisão de Monitoramento e Informações Ambientais (DMIF). Os focos se concentraram na porção oeste do Parque.

Estiveram envolvidos na operação 77 brigadistas do ICMBio, Ibama Prevfogo, Grupo Ambientalista do Torto (GAT/Brasília) e brigada voluntária de Tejuco. Quatro aeronaves foram acionadas para combater as chamas. Um helicóptero do Ibama também ficou à disposição da equipe em mais de uma semana de combate. Além deles, estiveram envolvidos profissionais do Instituto Pró-Carnívoros e do Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) que prestaram apoio logístico às brigadas. Conforme o ICMBio, ainda não é possível precisar o número de animais mortos no incêndio, porque o combate ainda não foi finalizado.

As causas ainda não foram descobertas. “Somente após controle e extinção do fogo, ICMBio e Ibama, que são as instituições responsáveis, poderão prosseguir com o trabalho de perícia e determinar as causas do fogo“, informou a chefe da unidade, Camille Lugarini. “Apesar do fogo estar controlado, ainda demanda atenção devido ao risco de reignição em pontos específicos e e conhecidos pela equipe“, disse o comandante do incidente e analista ambiental da Coordenação de Prevenção e Combate a Incêndios (COIN), João Morita. Por essa razão, equipes permanecerão de vigilância 24 horas por dia para evitar novos incidentes.

O Parque

O Parque Nacional Boqueirão da Onça é uma das unidades mais recentes a ser criada pelo ICMBio – em abril de 2018, sendo assim, este é o primeiro incêndio na área como unidade de conservação. O parque faz parte de um mosaico de unidades, que inclui ainda a Área de Proteção Ambiental (APA) de mesmo nome. O local abriga espécies ameaçadas como a onça-pintada e a arara-azul-de-lear, além de animais típicos da caatinga como tatu-bola, porco-do-mato e tamanduá-bandeira. (Fonte: Ascom ICMBio)

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