Sento Sé: Comunitário denuncia suposta falta de tratamento na água que abastece população

por Carlos Britto // 03 de setembro de 2015 às 19:02

ETA SAAE - SENTO SÉO leitor Lourenço Aguiar questionou ao Blog a qualidade da água que está abastecendo o município de Sento-Sé, no norte da Bahia. No texto, ele faz uma grave denúncia sobre o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Segundo o leitor, a água que a população está recebendo nas torneiras, apesar da coloração, não teria qualquer tipo de tratamento.

Acompanhe:

O Sistema de Abastecimento de Água, que nunca havia sido eficiente, passa pela sua pior crise e aumenta a denúncia contra um povo bom, porém “treinado” a adotar a lógica do individualismo, do clientelismo político que lhes custam sequelas sociais que sangram em quase todas as criaturas, e poucos veem.

Depois de avisado, sigilosamente, fui à ETA do SAAE fazer uma visita e observei que a situação é calamitosa, catastrófica, desastrosa, e, como a água do rio está indo do rio para as casas com aspecto de claridade, a população nem está observando que não tem nada de cloro, nem qualquer tipo de tratamento, pondo a saúde e a vida humana em risco. A falência do sistema é evidente e preocupante: funcionários com três férias sem receber o dinheiro; não existe mais data para pagamento de funcionário; falta segurança no setor, o que representa um perigo para a vida da população(…); enorme desperdício de água, num vazamento por baixo dos filtros na caixa, que seria para o tratamento; há muito tempo o sistema não passa por qualquer tipo de manutenção preventiva; e a inadimplência (falta de pagamento da conta mensal) dos usuários do serviço é do tamanho da bancarrota em que se encontra a autarquia municipal.

Sem brincadeira, o exemplo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto é similar aos dos demais setores que deveriam atender os direitos coletivos, criados com lutas, para dar à vida o exercício da cidadania. O questionamento não é de evidência pessoal, nem partidária, imagine ideológico!… A questão é mesmo de “vida ou morte”, pois, o consumo de água poluída é “meio caminho” andado para adoecer e tornar a vida coletiva muito mais doentia e com a certeza da morte precoce!

O homem que me avisou do abandono com a importante empresa (SAAE), pediu sigilo do seu nome, demostrou medo, o que prova que a violência da Política Municipal é viva, clara e amedrontadora!… Porém é como diz uma expressão de um líder internacional: “Os sinos que soam pelos que morrem (por usar água poluída) hoje, soarão amanhã para todos aqueles que não souberem reagir”.

Tenho certeza que a culpa por essa calamitosa realidade não é exclusiva de nenhum político, mesmo que pessoalmente alguns possam ter tido maior oportunidade de contribuir para evitar, ou amenizar, a grave e preocupante problemática. 

Laurenço Aguiar/Comunitário

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