Senador FBC pede “sensibilidade” ao Bacen para reduzir juros do cartão e cheque especial do brasileiro

por Carlos Britto // 10 de abril de 2018 às 19:42

Foto: Ascom/divulgação

Vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) reforçou, nesta terça-feira (10), apelo para que o Executivo – por meio do Banco Central (Bacen) – reduza “de forma sensível” os juros do cartão de crédito e do cheque especial. Dirigindo-se ao presidente do Bacen, Ilan Goldfajn, o senador também defendeu que o governo atue para estimular a concorrência bancária, o que, conforme destacou Fernando Bezerra, resultará na queda de taxas e serviços cobrados pelos bancos, facilitando o crédito e aquecendo a economia.

A diminuição da Selic (taxa básica de juros da economia) tem que vir associada à redução dos juros para as famílias e não só às empresas”, ressaltou o vice-líder. “Precisamos dar um alento aos brasileiros; sobretudo, à classe média e aos assalariados”, acrescentou o senador, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que discutiu as diretrizes, a implementação e as perspectivas da política monetária nacional.

Em menos de 15 dias, esta foi a segunda vez que Fernando Bezerra defendeu publicamente – à alta cúpula do governo federal – o nivelamento de juros cobrados no Brasil a taxas praticadas em outros países. No último dia 27, também na CAE do Senado, o vice-líder pontuou ao ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, que os juros incidentes sobre o cartão de crédito e o cheque especial “ainda são absurdos”, mesmo tendo sido reduzidos, pelo atual governo, de mais de 400% para próximo de 300% ao ano.

No entendimento de FBC, não há justificativas para que estas taxas sejam superiores a 100% ao ano. “Especialmente, em um ambiente econômico favorável, como estamos percebendo nos últimos meses”, afirmou.

Debate

Durante o debate na CAE do Senado – com a presença do chefe da Assessoria Econômica do Bacen, Fábio Araújo – o presidente do Bacen ressaltou que o índice atual da Selic (6,5% ao ano) alcança o menor patamar desde 1986. Esta e outras medidas conduzidas por Ilan Goldfajn à frente do Banco Central foram reconhecidas e elogiadas pelo senador: “são acertos na agenda econômica”.

FBC ainda observou que, em 24 anos, a taxa de inflação chegou ao menor percentual, saindo de mais de 10% (em 1994) para 2,68% (índice abaixo do valor mínimo previsto para a inflação neste ano, projetada em 3%). “Graças, também, a medidas duras e amargas tomadas pelo Congresso Nacional, como foi o caso da aprovação do limite do Teto do Gasto Público (em dezembro de 2016)”, lembrou Fernando Bezerra.

De acordo com Ilan Goldfajn, o Bacen vem implementando medidas que impeçam o acúmulo de dívidas com o cartão de crédito. “Para que o cliente pague a totalidade ou o mínimo da fatura e evite que a dívida se transforme em uma bola de neve”, disse. Sobre o cheque especial, Goldfajn explicou que novas regras serão anunciadas pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Bancos

Em relação à concentração bancária no país, o presidente do Bacen afirmou que a orientação é para que a concorrência no sistema seja estimulada. As principais medidas adotadas, segundo Ilan Goldfajn, é o “empoderamento” dos médios e pequenos bancos – incluindo as cooperativas – e a valorização das Fintecs (empresas financeiras ligadas à tecnologia, que geram inovações no sistema).

FBC também questionou o presidente do Bacen sobre as chamadas “operações compromissadas” a cargo do banco. Conforme observou o vice-líder, 1/4 da atual dívida pública brasileira corresponde às tais operações. Nova audiências públicas na CAE do Senado, com Ilan Goldfajn, estão programadas para ocorrerem novamente nas primeiras quinzenas de julho e outubro. As informações são da assessoria do senador.

Senador FBC pede “sensibilidade” ao Bacen para reduzir juros do cartão e cheque especial do brasileiro

  1. Defensor da Liberdade disse:

    Ah claro é só assim, baixar os juros na canetada. Ninguém se lembra que a causa para os juros do cratão de crédito estarem nas alturas foi devido ao governo petista incentivar a população a gastar desenfreadamente, e que esse senhor apoiou fielmente.

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Últimos Comentários

  1. Tem que desapropriar o imóvel onde ficava a casa da criança, atrás do regente, para fazer um terminal de ônibus.

  2. Deu lugar ao mercado turístico? Por que deram esse nome? Bom, acho que já mudou, mas era melhor ser chamado…