Os entraves relacionados à rota da Ferrovia Transnordestina resultaram na audiência pública promovida, ontem (29), pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Alepe. A maior preocupação é que Pernambuco não se torne apenas uma rota de passagem, pois 42% da obra serão realizados no Estado, cortando 35 municípios.
O secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Caruaru, Franco Vasconcelos, questionou o motivo de a Transnordestina não passar pela cidade, “uma vez que o Governo do Estado vem investindo na interiorização do desenvolvimento e Caruaru é polo economômico”.
Presidente do colegiado, o deputado Ciro Coelho (DEM) lamentou a ausência do empreendimento no trecho Parnamirim/Petrolina. “Essa é a maior obra que está sendo edificada no Nordeste e grandiosa será a geração de riquezas para a região”, pontuou.
Avaliado em mais de R$ 5 bilhões, o empreendimento representa aproximadamente a metade do valor destinado pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) ao setor de transporte em todo o Brasil. A ferrovia terá mais de 4.200 quilômetros, passará por sete Estados do Nordeste e beneficiará, principalmente, o transporte de produtos siderúrgicos, agropecuários e minerais, além de contêineres. A conclusão está prevista para 2011.
Em resposta aos questionamentos, o diretor da Transnordestina, Carlos Jamal, declarou que “em todo o percurso, o projeto não passa dentro de nenhuma cidade, exceto Arcoverde, por questões geográficas.” “A ferrovia passará por Caruaru, mas por fora do município”, completou. Quanto ao trecho Parnamirim/Petrolina, Jamal disse ser inviável economicamente, apesar de um estudo estar sendo realizado pelo Governo.
Ohhhhh….nossos representantes pernambucanos vieram descobrir isso agora…
Isso é bobagem, a estrada não tem obrigação de ficar serpenteando de lá para cá para atender a apelos de municipios.
Passem aqui, a estrada faz uma curva, passem acolá, a atrás faz outra curva. A estrada é grande e tem que ser uma reta para ser econômica e viável.
Espero que essa obra não seja apenas destruidora do meio ambiente e que realmente seja para trazer chances de uma vida com qualidade, para os nordestinos. Eu fico muito preocupada com obras feitas por políticos brasileiros. Só colocam empresas incompetentes e ambientalistas que não conhecem a região. Obras feitas e sem cumprir seus objetivos ou causando impactos ambientais. O dinheiro da nação sendo mal administrado.
Enqualto Petrolina quer uma ferrovia, Juazeiro está acabando com a que tem ate Salvador, e ate retirarm os trilhos que tinham na ponte Juazeiro/Petrolina, que se algum dia viessa a funcionar esta ferrovia, ja teria a ligação com o sudeste!
Marcos, acredito que o fato de Salvador estar mais próximo que Recife e Fortaleza não é fato determinante, será mais viável pelo novo trecho. Para recuperar a malha até Salvador, teriam de ampliar as bitolas dos trilhos e com certeza o governo não investiria tanto em algo que já está feito.
Sobre o ramal Petrolina/Parnamirim, acredito que existe sim viabilidade econômica. Temos as frutas, temos a soja quem vem do oeste da Bahia, tem vários outros produtos que poderiam ser transportados via trem, entre Recife e Petrolina e vice-e-versa. Mas, pelo menos, passando em Parnamirim já diminui 500 km para o porto de Suape. Agora acordem deputados de Petrolina, já perdemos o Escritório de Negócios da Caixa, a Delegacia da Receita Federal, o ramal da Transnordestina e por aí vai. Se continuar assim, Petrolina será a “Terra das Possíveis” perdas.
É preciso ver a questão da segurança. O trem de passageiro é muito vulnerável. Se não houver um esquema de proteção, tornar-se-á muito perigoso viajar de trem.
Quanto a ligação Parnamirim/Petrolina, é pena que tenha ficado de fora. Se a intenção é a integração, ficaria a desejar essa integração. Espero que as autoridades despertem e pensem mulhor o nordeste. Afinal, Petrolina é um eixo muito importante para ser olvidado. Vou torcer para que tenhamos essa ligação, sumamente importante para a região.