Tocada com recursos provenientes de uma emenda de autoria do deputado federal Fernando Filho (DEM), em torno de R$ 1 milhão, a reforma do Estádio Municipal Paulo de Souza Coelho segue em ritmo acelerado para ser entregue antes da estreia do Petrolina na Série A1 do Campeonato Pernambucano 2019. Mas as obras, a cargo da prefeitura, são vistas com ressalvas por quem conhece o assunto.

É o caso do vereador Ronaldo Cancão (PTB). Ex-dirigente do 1º de Maio e administrador do estádio em três ocasiões, ele acredita que os investimentos não estão focando o principal: o gramado, palco das partidas da Fera Sertaneja na competição que se aproxima.

Ele lembra que em 1996, quando o Azulino do Atrás da Banca subiu para a Série A1, tirou do próprio bolso os recursos (em torno de R$ 7.500,00) para melhorar alguns setores do estádio. Cinco anos depois, na segunda gestão de Fernando Bezerra Coelho, Cancão conseguiu – já à frente da administração do estádio – investir em melhorias no túnel e vestiário dos jogadores. No entanto, segundo ele, não houve verba suficiente à época para se investir também no dreno do gramado, que foi implantado quando o prefeito ainda era Geraldo Coelho (em meados dos anos 70).

O gramado, aliás, já foi considerado um dos melhores do Brasil até a década de 80. Cancão conta que a grama implantada era da espécie ‘esmeralda – a mesma dos Estádios do Mineirão (em Minas Gerais) e do Maracanã (no Rio). Mas a falta de cuidados e a ação de ervas daninhas foram fatais para a deterioração do ‘tapete’ do estádio de Petrolina. “O que fizemos, em 2001, foi trocar todo o gramado, mas não deu para fazer o dreno, que tem um metro e meio de profundidade”, frisou o vereador, admitindo que o período chuvoso pode prejudicar partidas da Fera Sertaneja na competição, da forma como se encontra no momento.

Observações

Lembrando que nos últimos dois anos sempre colocou emenda á Lei Orçamentária Anual (LOA) para o estádio, Cancão citou ainda que os investimentos de R$ 400 mil no piso de cimento dentro do estádio poderiam ser otimizados em outros itens como a implantação de cadeiras cativas, de um espaço adequado para receber os dirigentes, na cobertura da arquibancada e até mesmo na implantação de um placar eletrônico (que custa em torno de R$ 40 mil). Ele afirmou, porém, desconhecer o teor da reforma pelo fato de não ter sido consultado, mas elogiou os serviços da prefeitura e a iniciativa de Fernando Filho em destinar emenda para as obras de reforma. “O prefeito está fazendo um trabalho bonito no estádio. Ainda dá tempo de fazer essas correções”, completou.