‘Rolo compressor’ da bancada da situação aprova projetos do Executivo que entraram de última hora na Casa Plínio Amorim

por Carlos Britto // 11 de maio de 2017 às 16:37

Parece que a bancada do governo voltou a falar a mesma língua na Câmara de Petrolina. Nesta quinta, 11, durante sessão ordinária, bem diferente da reunião de terça, 8, a bancada de situação mostrou unidade e usou seu ‘rolo compressor’ ao emplacar dois projetos do Poder Executivo que entraram de última hora na pauta da reunião. Os dois textos foram aprovados. Um por 20 votos, que concedia crédito suplementar para o prefeito Miguel Coelho (PSB) quitar o pagamento do perdão das dívidas do Pronaf; o outro, por 18 votos, sobre aquisição de crédito especial, fora do orçamento municipal,  teve as abstenções dos vereadores Cristina Costa e Professor Gilmar Santos (ambos do do PT).

A sessão, iniciada às 9h, se estendeu até às 14h justamente pelas matérias pautadas de última hora, que levaram a vereadora Cristina questionar alguns pontos e justificar a abstenção dos petistas ao texto que concede ao prefeito Miguel Coelho (PSB) adquirir crédito especial de mais de R$ 640 mil para a implantação do centro da coleta seletiva do município.

“Não posso votar no que não tenho segurança. Sou até defensora da causa dos catadores, mas da forma como chegou o projeto, não tenho como votar, prefiro me abster”, ressaltou a petista, levando o apoio do colega Gilmar.

Cristina disse que o prefeito enviou uma mesma mensagem para os dois projetos. “Esse Novo Tempo tem enviado as coisas de última hora e não posso aprovar um projeto em que o município vai buscar crédito fora do orçamento”, explicou a petista. O crédito será enviado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos para a implantação do centro.

Osório

Questionado sobre projetos que entram na pauta de última hora com a situação não dando “brecha” para questionamentos da oposição, o presidente da Casa, vereador Osório Siqueira (PSB) negou quebra do Regimento Interno. Pelo Regimento, um projeto de lei tramita no mínimo 15 dias, mas conforme Osório, tendo o parecer técnico das comissões de Finanças e Justiça e Redação, cabe à Mesa acatar ou não na pauta.

“Estão dentro da legalidade, porque as comissões deram os pareceres favoráveis. Cabe à Mesa Diretora colocar ou não os projetos em pauta. O presidente da Mesa tem prerrogativa para isso e está completamente dentro do Regimento”, disse Osório.

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