Reconstituição da morte de promotor no Agreste de PE esclarece dúvidas, mas novas perícias serão solicitadas

por Carlos Britto // 24 de dezembro de 2013 às 13:40

Foi realizada nesta segunda-feira (23) uma reprodução simulada que auxiliará as investigações em torno do assassinato do promotor Thiago Faria Soares. Participaram da reconstituição aproximadamente 50 pessoas, entre testemunhas, investigadores e peritos. A ação durou quase três horas e meia e contou com a presença da advogada Mysheva Martins, noiva do promotor, e de outras seis pessoas, entre elas um agricultor que trabalha em uma propriedade próxima ao local onde ocorreu o crime. O magistrado foi morto no dia 14 de outubro, no Agreste de Pernambuco.

A simulação começou na casa de Mysheva, em Águas Belas, de onde ela saiu com o noivo para a fazenda arrematada em um leilão. Depois de passar no local, onde a advogada teria descido do automóvel para pegar um documento, o casal retornou para Águas Belas para que Thiago deixasse o material na casa de Mysheva. Depois de alguns minutos, o carro do promotor passou pela feira livre da cidade. Próximo dali, eles teriam parado no escritório da advogada, quando o tio da noiva do promotor, Adautivo Elias Martins, entrou no veículo.

Após sair de Águas Belas, a equipe que participou da remontagem foi para a PE-300. No local, foi simulado o instante em que um Corsa com dois homens encosta na Hyundai Vera Cruz em que estava o promotor, a noiva e o tio dela. Na reconstituição, o autor dos disparos que mataram Thiago teria sido um homem que estava no banco traseiro do veículo. Momentos depois do crime, foi simulado a hora em que a advogada desceu do carro e se protegeu em um barranco. Logo depois, foi a vez do tio de Mysheva sair da Vera Cruz e seguir andando pelas margens da rodovia. Na reprodução, a advogada simulou um pedido de ajuda, momento em que chegou a se emocionar.

Na coordenação dos trabalhos, a perita Vanja Coelho, do Instituto de Criminalística (IC), informou que novas perícias ainda precisam ser realizadas para efeito de comparação com o laudo do local. Segundo a investigadora, outros exames devem ser solicitados em breve. Além de Vanja, atuaram na reconstituição mais quatro profissionais do IC, entre peritos e auxiliares. Na reprodução, mais um automóvel, uma Hilux na qual Mysheva teria pego uma carona, foi utilizado. Apontado pela polícia como o autor do crime, o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara não participou da reconstituição, sob a orientação dos advogados. (Da Folha de PE/foto)

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Últimos Comentários

  1. Tem que desapropriar o imóvel onde ficava a casa da criança, atrás do regente, para fazer um terminal de ônibus.

  2. Deu lugar ao mercado turístico? Por que deram esse nome? Bom, acho que já mudou, mas era melhor ser chamado…