Produção animal no Nordeste brasileiro será discutida em evento em Juazeiro

por Carlos Britto // 13 de novembro de 2017 às 20:04

O Complexo Multieventos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA), receberá de amanhã (14) até quinta-feira (16) o 12° Congresso Nordestino de Produção Animal (CNPA). O evento contará com apresentação de trabalhos técnico-científicos e debates acerca do assunto, servindo como ‘ponte’ entre o ensino, pesquisa e extensão.

O congresso vai receber um público estimado em 850 pessoas – entre estudantes de graduação, pós-graduação, ensino médio, técnicos, produtores rurais, cientistas e pesquisadores. Para os organizadores, esta diversidade de formação e de experiências é um ponto central do congresso e que terá consequências importantes na identificação de demandas que orientem ações de pesquisa, de desenvolvimento e de inovações voltadas à sustentabilidade desse segmento produtivo.

A programação prevê a realização de minicursos e palestras em áreas do conhecimento que abrangem: Apicultura, Meliponicultura e Animais Silvestres; Extensão Rural e Desenvolvimento Sustentável; Ambiência, Bioclimatologia, Comportamento e Bem-Estar Animal; Nutrição e Produção de Ruminantes; Nutrição e Produção de Não Ruminantes; Genética, Melhoramento e Reprodução animal; e Forragicultura e Pastagens.

Estão previstos ainda fóruns de coordenadores de Pós-Graduação do Nordeste, dos cursos de Graduação, de capacitação em Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), além da busca pela integração da academia com os produtores. De forma simultânea, o evento vai abrigar, ainda, nove simpósios sobre temas variados e que alternam a abrangência do tema no Vale do São Francisco e na Região Nordeste.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Semiárido e membro da Comissão Organizadora do 12° CNPA, Tadeu Vinhas Voltolini, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de proteína animal no mundo. Segundo estimativas da FAO (Fundo das Nações Unidas para Alimentação), junto com outros países do continente latino-americano, forma o segundo maior conglomerado em produção de proteína animal do planeta: algo em torno de 145 milhões de toneladas/ano.

Para Voltolini, a tendência de consumo dessa proteína se mantém em escala crescente, principalmente nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. “O desenvolvimento de novas tecnologias, a segurança dos alimentos, demandas dos consumidores, questões regulatórias, influências políticas e mão-de-obra qualificada são alguns dos desafios colocados para cientistas e segmentos produtivos colocarem o setor no ritmo de crescimento da disponibilidade das matérias-primas e na elevação da rentabilidade na produção animal“, destaca.

Vitrine”

O congresso reúne especialistas do Brasil e do exterior para discutirem esse conjunto de temas. Ele crê que será “uma vitrine” para os diferentes segmentos que lidam com o setor, pois estarão lado a lado com os mais importantes formadores de opinião na produção de proteína animal.

No momento em que o mundo anseia por novas alternativas para enfrentar o crescimento populacional, eventos científicos multidisciplinares podem sugerir e induzir alinhamentos para esse enfrentamento. A produção animal perpassa do campo à mesa, através dos setores de produção, colheita, transporte, processamento e comercialização“, argumenta o pesquisador.

O congresso é organizado pela Sociedade Nordestina de Produção Animal, Univasf, Embrapa Semiárido e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). Quem desejar mais informações, poderá acessar a programação completa no site do evento.

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