Problemas na rede municipal de ensino em Casa Nova levam APLB/Sindicato a dar ultimato a prefeito

por Carlos Britto // 08 de dezembro de 2016 às 08:40

Professores e servidores da rede municipal de educação em Casa Nova, no norte da Bahia, não escondem a insatisfação com os constantes atrasos nos salários. De acordo com a APLB/Sindicato, que representa a categoria, o problema vem ocorrendo, apesar de não haver atrasos nos repasses do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb).
A entidade garante que isso se tornou ainda mais frequente após a derrota do atual prefeito Wilson Cota (PMDB) nas eleições municipais.
Segundo a APLB, no mês de outubro alguns professores receberam no final do mês, outros até o quinto dia útil e os funcionários apenas dia 10. No mês de novembro, alguns receberam dia 30, outros somente ontem (7), e muitos professores e funcionários ainda não receberam. Em outros casos, alguns educadores que possuem regime de 40 horas – até aqueles que possuem dois concursos públicos – receberam apenas por 20 horas semanais.
“É importante ressaltar que há também os atrasos nos pagamentos do transporte escolar, além da falta de merenda escolar, mesmo tendo entrado os recursos no montante de R$ 92.400.000,00 dos precatórios do Fundef e os repasses referentes à repatriação, e mesmo assim a prefeitura argumenta que não há recursos”, lamenta a APLB.
Calendário
A entidade informou também que há alunos que pagaram R$ 15,00 por semana para chegar às escolas, mesmo o Calendário Letivo não ter sido cumprido devido aos problemas elencados, que aliás foram denunciados ao Ministério Público pelo sindicato. Ainda assim, nada foi feito para a resolução do problema.
Depois de enviar à administração diversos ofícios que não tiveram resposta, a direção da APLB decidiu encaminhar mais uma vez documentos ao prefeito e aos secretários de Educação e de Finanças, alertando-os que, caso não nos seja dada uma resposta urgente, irá solicitar o bloqueio dos recursos até a próxima segunda-feira (12). “Se a prefeitura não consegue pagar uma folha, não há como pagar três, que são o salário de novembro, de dezembro e décimo terceiro salário, além do terço férias, que deverá ser pago até o início de janeiro”, frisou a APLB. Com a palavra, a prefeitura.

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