‘Piloto’ de série pernambucana de terror será lançado neste sábado no Museu da Imagem e do Som de São Paulo

por Carlos Britto // 11 de janeiro de 2019 às 21:36

Foto: divulgação

O primeiro episódio – também conhecido por ‘piloto’ – da série pernambucana de terror, ‘Atrofia’, será lançado neste sábado (12) no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo (SP). A série  retrata um futuro distópico, no qual os seres humanos adoecem e começam a perder alguns órgãos dos sentidos. Tato, paladar, olfato e membros superiores são afetados por uma síndrome desconhecida. Cerca de 80% da população mundial começa a atrofiar, transformando-se em pessoas irracionais, famintas e improdutivas.

A primeira temporada é composta por oito episódios independentes, que orbitam nos gêneros suspense/drama/terror e será ambientada totalmente na caatinga, bioma único no mundo, que compõe a narrativa de uma maneira jamais retratada, integrando elementos culturais, folclóricos e regionais às histórias.

O mundo inteiro está tomado pelos atrofiados– seres que rivalizam com a população racional nas histórias. “Embora haja semelhança com zumbis, e nós amamos zumbis, os atrofiados não estão mortos. Eles são seres humanos doentes e animalizados, ou seja, irracionais, o que aumenta a tensão e o dilema entre os personagens”, expõe o diretor Wllyssys Wolfgang, que dividiu a direção com Geisla Fernandes.

Além de dirigir a série Atrofia, a dupla também assinou a direção do curta-metragem ‘O Experimento’ (terror zumbi, 2016), que foi desenvolvido no 1º Núcleo Experimental de Cinema do MIS-SP. O curta conquistou prêmios e indicações nacionais e internacionais, compondo a lista de Melhores Curtas-metragens Paulistanos em 2016, participando de festivais como ‘Rio Fantastik’, ‘Petit Pavê’ e ‘Curt’Arruda’ em Portugal.

O piloto

O primeiro episódio da série, intitulado como ‘Em Pedaços’, foi gravado em plena caatinga, no entorno de Petrolina. A composição climática e a vegetação contribuem para a construção do universo pós-apocalíptico da série. O piloto, financiado pelo Funcultura Audiovisual/Fundarpe e produzido pela WW Filmes, contou com elenco pernambucano, como a recifense Cíntia Lima e os petrolinenses Juliene Moura e José Lírio da Costa, que contracenam intensamente num cenário hostil e perigoso.

O trabalho de preparação do elenco para a performance dos personagens atrofiados é diretamente influenciado pela dança Butô, originária do Japão pós-guerra.

O próximo passo da produtora WW Filmes é encontrar players que tenham interesse em produzir e exibir a série completa, que inicialmente conta com oito episódios independentes, mas dentro do mesmo contexto. “Todos os episódios já estão roteirizados. Cada um deles traz elementos e questões universais que provocarão identificação, em algum momento, com o telespectador. O bioma caatinga é marcante na tela e assim, transforma a paisagem árida em uma presença importante. A caatinga é como um personagem sempre presente. Imaginar-se neste cenário hostil e pós-apocalíptico, é um desafio interessante“, comenta a co-diretora Geisla Fernandes.

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