Paulo Câmara quer provas de desvios de recursos públicos destinados a vítimas das enchentes em Pernambuco

por Carlos Britto // 13 de novembro de 2017 às 15:13

Cinco depois da deflagração da Operação ‘Torrentes’, que prendeu 15 pessoas envolvidas em desvio de verbas públicas destinadas às vítimas das enchentes da Mata Sul de Pernambuco, o governador Paulo Câmara falou sobre o assunto. Segundo o chefe do Executivo, as investigações não provam que houve superfaturamento. A entrevista foi concedida na manhã desta segunda-feira durante a aula inaugural de 300 alunos do Curso de Formação de Praças do Corpo de Bombeiros.

Segundo Paulo Câmara, as provas ainda não foram apresentadas. “É importante olhar o inquérito, olhar as peças acusatórias. Para se falar de superfaturamento tem que mostrar onde está o superfaturamento. Eu quero ver onde é que está o superfaturamento. Se tiver, eu vou ser o primeiro a punir. As peças que nós vimos não mostra claramente onde está o superfaturamento. Há, objetivamente nessa investigação, um olhar sobre um grupo de empresas que poderiam ter sido favorecidas por servidores públicos. Isso precisa ser apurado e está sendo apurado“, declarou o governador.

Paulo Câmara disse ainda que não vai admitir erros nos contratos dos serviços que foram realizados durante as operações Reconstrução e Prontidão, ocorridas nos anos de 2010 e 2017 para minimizar o sofrimento das vítimas das enchentes. “Já mandei olhar todos os contratos. Não vou admitir erro em nenhum deles. Agora, eu tenho clareza de que para acusar é preciso ter provas, precisa estar no inquérito, precisa está na denúncia. E isso não foi visto ainda“, completou o socialista.

Sobre o envolvimento de servidores estaduais – entre eles policiais militares de altas patentes -, Câmara adiantou que todos serão afastados das funções até que a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) conclua as investigações. “Designações serão feitas no dia hoje para suprir servidores que não possam estar trabalhando. Suspeição precisa ser investigada e suspeição precisa que as pessoas tenham a consciência de que elas vão ter que ficar fora das tarefas que tenham relação com as investigações“, destacou o governador. (Fonte: Diário de PE/foto: Blog do Carlos Britto)

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