Paulo Câmara pede “união de forças” para superar atual crise política do país

por Carlos Britto // 03 de dezembro de 2015 às 20:02

Paulo Camara1O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), resolveu se pronunciar acerca da grave crise política do país, que pode culminar com a cassação da presidente Dilma Rousseff (PT). Numa nota à imprensa, Câmara deixou a entender que não aprovou o pedido de abertura de impeachment de Dilma, ao contestar uma nota divulgada como sendo assinada pelos governadores do Nordeste.

O socialista também ressalta que o momento é de “unir forças” para “superar obstáculos” e recolocar o país novamente no rumo do desenvolvimento. Confiram:

Gostaria de registrar, para esclarecimento, o meu entendimento a respeito do momento político que vive o Brasil. Não houve tempo, de minha parte, de conversar sobre esta nota que está circulando como sendo a posição dos Governadores do Nordeste. A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação. E, por isso, gostaria de externar minha posição.

Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República. Mas há agora um fato consumado: foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados. Ele precisa deixar a presidência da Casa.

Diante do fato consumado, espero que possamos superar esse impasse político. O que a população quer ver são ações em favor da coletividade, tais como a nossa luta para conter o avanço do mosquito Aedes aegypti; o combate ao desemprego, que sobe em velocidade; o esforço para tomar medidas certas para controlar a inflação; e nossa atuação para recolocar o Brasil nos trilhos para que o País volte a crescer e a gerar emprego e renda.

É necessária uma união nacional para a superação dos atuais obstáculos. Temos que trabalhar duro para que em 2016 esta crise política seja ultrapassada e que os problemas econômicos sejam efetivamente enfrentados. Isso só será possível com estabilidade política para resgatar a confiança e a credibilidade na nossa economia.

Esse processo também é uma oportunidade para o Governo, de fato, quem sabe, rearrumar a sua base no Congresso Nacional e aprovar as medidas necessárias para ajustar a economia. É preciso dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição.

Nosso partido não votou nem na presidente da República e nem no presidente da Câmara dos Deputados. Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará defendendo as instituições e o respeito à Constituição do País.

Paulo Câmara/Governador de Pernambuco

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