Pais da menina Beatriz reforçam críticas ao Governo de PE: “Foram eles que disseram que era o caso número um do Estado”

por Carlos Britto // 11 de dezembro de 2018 às 10:30

Sandro Romilton e Lucinha Mota, pais da menina Beatriz (Foto: Alieny Silva/Blog do Carlos Britto)

Os pais da menina Beatriz Angélica, Sandro Romilton e Lucinha Mota, reforçaram as críticas ao Governo de Pernambuco quanto à elucidação do crime, que completou três anos ontem (10) sem solução. “Todos os dias eu e Lucinha pesquisamos e conversamos com muitas pessoas em busca de uma solução ou maneira de ajudarmos a Polícia Civil de Petrolina. Nossa maior cobrança é para com a polícia, mas sabemos que sem recursos fica tudo impossibilitado. Então, por tabela, cobramos ao governo do Estado. Foram eles que disseram que era o caso número um do Estado“, endossou Sandro.

Contrariando o que dizem os pais de Beatriz, a Secretaria de Defesa Social (SDS) garante que a delegada Polyana Neri tem boa estrutura para realizar seu trabalho. Conforme este Blog adiantou ontem, a SDS afirmou que a delegada “está exclusivamente na investigação do caso, com uma equipe de quatro policiais à disposição e estrutura necessária, além do apoio do Ministério Público e da Diretoria de Inteligência da PCPE.”

Vale lembrar que a família de Beatriz retornará ao Recife, amanhã (12), para fazer cobranças mais incisivas ao Governo e ao Judiciário pernambucano. “A polícia fez um pedido de prisão preventiva de um funcionário da escola, de nome Allinson, com o aval do Ministério Público, mas a juíza de primeira instância em Petrolina negou. O MPPE recorreu dessa decisão e, na quarta-feira, será colocado em pauta no tribunal do júri na capital pernambucana. Além disso, iremos cobrar a abertura total e irrestrita do inquérito e confirmar a continuação do trabalho da dra. Polyana Neri. Não aceitamos troca de delegados”, frisou Sandro Romilton.

Sobre a acusação contra o funcionário da escola, Allinson Henrique de Carvalho Cunha, mostramos em julho deste ano que ele rechaçou veementemente o que os pais de Beatriz haviam dito. Allinson afirmou que manteve por quase 20 anos “contrato de prestação de serviço junto ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde exercia a função de técnico de informática, o que incluía apenas a assistência a computadores e redes, não incluindo sistema de monitoramento de câmeras, o que cabia a outra empresa”.

Ele admitiu, no entanto, que, no início de janeiro de 2016, foi solicitado pela escola para dar apoio no fornecimento das imagens para a autoridade policial. “Motivo pelo qual tive acesso ao setor de monitoramento. Fato esse que já foi esclarecido, em conjunto com o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, mais de uma vez às autoridades competentes”, garantiu. Assim como Alinsson, a escola também negou todas as acusações dos pais da menina e disse que sempre esteve à disposição da polícia, prestando todos os esclarecimentos e dando apoio nas investigações.

O caso

Beatriz Angélica tinha sete anos quando foi assassinada na noite de 10 de dezembro de 2015, durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no Centro de Petrolina, onde estudava. Seu pai, o professor Sandro Romilton, fazia parte do quadro de funcionários da unidade de ensino.

O corpo da menina foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio. Essa sala fica próximo à quadra de esportes onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola, na noite do crime. A irmã da menina era uma das formandas.

A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 da noite do crime, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado.

Disque-Denúncia

Quem tiver informações relevantes sobre o caso, pode acionar a Ouvidoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco – 181; WhatsApp – (87) 9 9911-8104; e Disque-Denúncia  (81) – 3421-9595/3719-4545. Além disso, há um grupo de trabalho do MPPE, também por meio do WhatsApp: (81) 98878-5733. O sigilo é absoluto.

Pais da menina Beatriz reforçam críticas ao Governo de PE: “Foram eles que disseram que era o caso número um do Estado”

  1. JOAQUIN TEIXEIRA disse:

    Uma vergonha para PE esse crime não ter sido elucidado, já que é o caso número 1 do estado!

  2. Cidadão disse:

    O que estão fazendo com esse rapaz é um absurdo, o cara é íntegro e em nenhum momento faria ou fez algo pra prejudicar as investigações.
    A dor é cabível mas as acusações devem ter limites e coerência,

  3. Jose disse:

    Eu queria ler essa sua defesa a favor desse rapaz,se fosse a sua filha ou um parente seu,CIDADÃO! Lógico que esse funcionário sabe de algo,por que ele apagou as imagens?. Ou vc é um retardado ou idiota !.

  4. Felipe disse:

    Tantos outros crimes aconteceram à época e depois, e foram elucidados rapidamente. É curioso ver que só esse fica nesse puxa-encolhe. Ficam mudando os delegados responsáveis e jogando informações ao vento, na tentativa de querer mostrar pra sociedade que estão trabalhando. Depois de 3 anos, não acho que estejam fazendo mais nada. Estão apenas dando mais tempo ainda pra ver se cai no esquecimento. Na verdade eu acho mesmo é que eles já devem ter descoberto tudo, autor, mandante e cúmplices, há muito tempo, e que por se tratar de “gente grande” (poderosa financeiramente falando), estão simplesmente omitindo as informações. Talvez isso justifique tantas mudanças no comando das investigações. Talvez os investigadores anteriores (delegados) descobriram “mais do que deviam”, etc. Enfim, é apenas uma sensação.

  5. Pedro disse:

    É muito fácil fazer suposições ,difícil é você se colocar no lugar sede e país,todos querem uma solução,porem não é assim tão fácil,a policia não tem bola de cristal,tem imagens externas que mostra o rosto de um indivíduo,porem não o acharam,tem que ir por ai,depois poderemos comentar.

  6. Pitu disse:

    A dor é cabível? Caro Cidadão, ocorreu um crime pavoroso naquela escola que chocou e ainda continua chocando toda uma sociedade. Não podemos julgar sem conhecer de fato os autos do processo, porém, se este “cara íntegro” realmente não tiver nenhum envolvimento com a tentativa de destruição das imagens, cabe a ele provar que não. Caso tenha realmente apagado de forma proposital, deve sim pagar penalmente por atrapalhar as investigações. A verdade é que tem muito caroço neste angu.

  7. diego disse:

    esse cabra apagou a imagem pq? e a mando d quem??da escola talvez?? um acobertando o outro e q misterio!!

  8. Cidadao disse:

    Pq caso número um??? Se existem 300.000000 Beatriz por aí?? Tá feio já

  9. Cidadão disse:

    Não baixarei ao seu nível senhor José até porque pra fazer isso estaria tendo que ir ao subsolo, não sou idiota nem retardado com. O senhor citou , porém mercado respeite.
    Estou convicto da inocência desse rapaz, e outra coisa nunca citei aqui dor por perda de parente.
    Mas como falei pra ter um diálogo com o senhor eu teria que me interrar até porque vc é baixo e mal educado.

  10. 666 disse:

    Uma vergonha para o tão divgado internacionamente Vale do São Francisco, caso numero 1 da justiça 3 anos sem solução.

  11. Claudeci disse:

    Uma vergonha para o tão divgado internacionamente Vale do São Francisco, caso numero 1 da justiça 3 anos sem solução.

  12. Paula Alexsandra disse:

    Infelizmente quem morreu foi a tadinha da criança e a dor da perda que fica no coração de um pai e uma mãe perder um filho com uma morte tão cruel quem fez isso com certeza tinha muita raiva dos seus pais e a polícia não faz nada para investigar esse crime quem será o culpado? mais não vai ficar impune Deus com certeza vai cobrar desse meliante que fez isso com essa criança a justiça de Deus não falha.

  13. Sandra Inês Lins de Abreu disse:

    Justiça no Brasil, muito difícil só traz mais dores para os familiares. Se tiver dinheiro ou conchavos políticos não há punições. Apenas a lei Deus é infalível.

  14. Sandra Inês Lins de Abreu disse:

    Sempre quer prender um pobre em lugar do grande que cometeu o crime

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