Otimista, prefeito de Lagoa Grande acredita que pode quebrar tabu nas eleições 2016: “É só compararmos nossa gestão com a dos adversários”

por Carlos Britto // 27 de agosto de 2016 às 16:22

dhoni

O prefeito de Lagoa Grande (PE), Dhoni Amorim (PSB), vai tentar nas eleições deste ano um feito que nem seu pai, Robson Amorim, nem os outros gestores que o antecederam conseguiram, desde quando a reeleição passou a valer: emplacar o segundo mandato. Embora ciente dos desafios, o que não lhe falta é entusiasmo. “Aonde eu ando tenho dito que não queria ser prefeito, nem vereador. Mas em 2012 Deus me colocou no compromisso de fazer o bem pelo povo de Lagoa Grande, e desde 2013 aprendi a trabalhar e a escutar o povo”, afirmou, em entrevista ao Blog. Em meio à crise política e econômica em que mergulhou o país, Dhoni tentou driblar as dificuldades como pôde. Mesmo assim, faz uma avaliação positiva do primeiro mandato. Entre suas ações ele destaca a construção de 14 escolas (sendo uma de seis, outra de 12 salas), ampliação de quadras cobertas, além de R$ 3 milhões investidos no que considera o maior programa de pavimentação asfáltica já realizado no município.

Na saúde, o gestor citou a ampliação de seis para dez unidades de PSF e a reforma do Hospital Municipal. Também lembrou a inauguração da cozinha comunitária, além da construção e reforma de creches, formação profissionalizante de alunos pelo Pronatec – entre outras ações. “Vendo o carinho das pessoas que necessitavam, me coloquei à disposição do PSB para ser candidato à reeleição”, afirmou.

Perguntado sobre o desgaste de sua administração, Dhoni disse ser natural que qualquer gestor passe por turbulências. Mas justificou, primeiro, ter herdado um déficit de R$ 9 milhões da gestão anterior. Além disso teve de enfrentar o duro período de estiagem e a crise nacional, a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o atraso de emendas parlamentares. Afirmou, no entanto, que vem horando com compromissos como o Plano de Cargos e Carreiras e o pagamento em dia dos servidores. “Acho que esse desgaste que falam é muito mais birra política para desestabilizar nosso grupo. Por onde passo o povo está abrindo as portas e dizendo que me dará uma nova oportunidade para continuarmos avançando e corrigir o que erramos. Não denegrimos ninguém. Apenas comparamos o que foi feito na nossa gestão com o que fizeram nossos adversários”, avaliou Dhoni.

Caso seja reeleito, o prefeito-candidato ressaltou que a meta é priorizar investimentos nas áreas de saneamento básico em bairros populosos do município, promover avanços na saúde pública e na zona rural e implantar um campus avançado do IF Sertão-PE.  Em relação à vitivinicultura, atividade que colocou Lagoa Grande na vitrine econômica da região, Dhoni disse que vai buscar as parcerias junto a empresas do setor.

Ele disse ainda que, após o pleito de outubro, vai fazer uma análise com sua equipe de erros pontuais e reforçou que cobrará do Governo de Pernambuco um apoio para o município. “Quando Alberto Feitosa era o secretário de Turismo do Estado, pedi para ele desenvolver um projeto parecido com o que o Governo da Bahia fez com Casa Nova. Ele disse que não tinha condições, mas tenho certeza que o Estado pode fazer esse investimento”, ponderou.

União e críticas

Dhoni deixou claro que, apesar dos rumores de que um dos homens de sua confiança – o ex-secretário de Educação Daniel Torres – poderia romper e até se lançar candidato a prefeito como uma terceira via, só fortaleceu ainda mais o grupo. Ele admitiu que Daniel, o qual aceitou ser vice na sua chapa, foi procurado pelos adversários, mas mostrou que tem sua linhagem. “Ele (Daniel) tinha respeito e consideração ao grupo e sabia do trabalho que foi feito em Lagoa Grande. Hoje ele diz que não tinha o sonho de ser candidato a prefeito, ou a vereador, mas entrou nessa batalha porque não queria deixar Lagoa Grande voltar ao que foi no passado”, disse.

Sobre um dos seus principais adversários, Vilmar Cappellaro (PMDB), Dhoni não deixou de fazer suas críticas. Segundo o prefeito, o peemedebista afirma ter chegado muito jovem a Lagoa Grande e que conhece bem o seu povo, mas sequer investiu um centavo no município. “Cappellaro instalou suas empresas em Petrolina”, cutucou. Disse ainda que o apoio do ex-prefeito Jorge Garziera e dos vereadores Doutor Diolanda e Ítalo (vice na chapa do empresário) pode ser uma grande ‘roubada’ para Cappellaro. “Eles não apoiam sem ter nada em troca”, disparou. Dhoni também alfinetou o adversário pelo fato de tentar ser vice-prefeito em Petrolina (em 2012, quando formou chapa com Odacy Amorim), e candidato a prefeito em Santa Maria, culminando agora com a disputa em Lagoa Grande. “Ele quer ser prefeito não por vontade de fazer pelo povo, mas porque tem vontade de ser autoridade (…) ele não tem a cara de Lagoa Grande. Quem tem a cara somos nós, que nascemos e nos criamos em Lagoa Grande”, concluiu.

Otimista, prefeito de Lagoa Grande acredita que pode quebrar tabu nas eleições 2016: “É só compararmos nossa gestão com a dos adversários”

  1. Vanildo Andrade disse:

    Excelente entrevista do Prefeito Dhoni. Finalmente um blog de respeito q não compactua com mentiras e calúnias… parabéns Carlos Brito

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Últimos Comentários

  1. Deu lugar ao mercado turístico? Por que deram esse nome? Bom, acho que já mudou, mas era melhor ser chamado…