Osório Siqueira e a missão de separar o presidente do aliado

por Carlos Britto // 12 de janeiro de 2017 às 07:10

O recente episódio protagonizado pelos vereadores Manoel da Acosap (PTB) e Cristina Costa (PT), que prestaram queixa mútua de agressão após discutirem numa emissora de rádio de Petrolina, expôs à prova a missão do presidente eleito da Casa Plínio Amorim, Osório Siqueira (PSB).

Pela quarta vez Osório vai comandar o Legislativo Municipal para o próximo biênio (2017/18). Segundo comentários de bastidores, será justamente nesse mandato que Osório terá de mostrar mais pulso do que nunca.

Primeiro, porque vai se deparar com uma legislatura ampliada no número de vereadores, que saíram de 19 para 23. Segundo, porque o presidente estará alinhado com um prefeito – o que não aconteceu das vezes anteriores em que presidiu a Casa.

Portanto, ficará ainda mais na vitrine, exposto às estilingadas da oposição.

Exemplo disso já aconteceu no ano passado, quando Osório recebeu críticas duras de Cristina Costa por ter colocado para votação o remanejamento dos 40% previstos pela Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2017, quando a Casa já tinha aprovado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e o então prefeito Julio Lossio (PMDB) sancionado 20%.

Saber separar o separar o socialista Osório do presidente Osório será a principal tarefa do vereador pelos próximos dois anos. Mas está convicto de que dará conta. Afinal, principiante ele já mostrou há muito tempo que não é.

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