Odacy Amorim contesta dívida contraída com Compesa quando era prefeito de Petrolina e critica vereador do próprio partido

por Carlos Britto // 16 de agosto de 2018 às 12:50

Foto: Reprodução

Visivelmente chateado com as críticas feitas pelo vereador da bancada de oposição na Casa Plínio Amorim, Professor Gilmar Santos (PT), na última terça-feira (14), em relação a uma dívida de quase R$ 15 milhões contraída pelo município com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o deputado estadual Odacy Amorim (PT) contestou a informação. Na época em que isso aconteceu, ele estava no PSB e havia assumido a Prefeitura de Petrolina (entre 2007 e 2008) após Fernando Bezerra Coelho lhe transmitir o cargo para ser secretário de Desenvolvimento Econômico na primeiro governo de Eduardo Campos.

O assunto voltou à tona por conta de um projeto de lei enviado pelo atual gestor Miguel Coelho (PSB), reconhecendo a dívida do município, e que foi aprovado por 15 votos a quatro na sessão de terça. Se não apresentasse o projeto, Miguel não poderia obter empréstimo de R$ 60 milhões – também já aprovado pelo Legislativo – para o programa de pavimentação de ruas, uma vez que os recursos para pagar a dívida com a Compesa também foram obtidos junto à Caixa, e parcelado em 360 vezes.

Em entrevista ao Programa Nossa Voz, da Grande Rio FM, nesta quinta-feira (16), Odacy assegurou que nunca fez esse empréstimo com a instituição bancária, muito menos nesse valor. Segundo o deputado, os recursos foram de R$ 10 milhões e vieram através do governo do Estado com o objetivo de trocar a tubulação de amianto da rede de abastecimento d’água no Centro de Petrolina, que à época vivia estourando devido à pressão.

Odacy ressaltou ainda que a dívida com conta de água da prefeitura não foi na sua gestão, mas referente a quem o antecedeu nos últimos 15 anos. Dentro do plano de metas e investimentos que acertou com a Compesa, o então prefeito lembrou ter se comprometido em fazer um parcelamento, porque não teria condições de pagar as contas atrasadas dos ex-gestores em dois anos.

Ele informou ainda que chegou a pagar mais de R$ 200 mil em contas da Compesa, mas fez um acordo com a Companhia em descontar pelos serviços que fazia na cidade. “Eu coloquei no contrato que toda vez que a Compesa fizesse um buraco na cidade, a Compesa pagaria pelo tapa-buracos realizado pela prefeitura descontando na conta d’água”, disse. O deputado também frisou ter conseguido ações importantes dentro do plano de metas, como a construção da nova estação de captação d’água e a redução de 80% para 50% na tarifa de quem consome até 20 mil metros cúbicos (m³) por mês. Segundo ele, as obras de saneamento só não avançaram porque seus sucessores – Julio Lossio (Rede) e Miguel Coelho (PSB) – voltaram a divergir com a Compesa.

Dizendo respeitar o posicionamento político de Gilmar Santos, Odacy afirmou, porém, que Gilmar poderia ao menos ter o procurado para se aprofundar sobre o assunto antes de fazer críticas no plenário da Casa Plínio Amorim.

Resposta

Companheiro de partido do deputado, Gilmar Santos disse nesta quinta (16), à Rádio Jornal do Commercio, que em nenhum momento afirmou que Odacy ou qualquer outro ex-prefeito tenha desviado dinheiro. Mas voltou a declarar que houve “uma irregularidade” à época, já que as ações na área hídrica previstas pelo plano de metas não chegaram às comunidades.

Além disso, o vereador reforçou que o atual gestor Miguel Coelho precisou enviar um projeto de lei admitindo a dívida (atualmente em torno de R$ 10 milhões, já que uma parte foi paga), caso contrário não poderia pegar o empréstimo com a Caixa para a pavimentação de ruas. “Não estou desinformado, como sugeriu o deputado”, pontuou. Gilmar disse ainda que faz “um discurso político, em defesa da população“, independente a a quem dirija suas críticas, e lamentou que os vereadores da legislatura da época não tenham discutido o assunto, ficando essa responsabilidade com os atuais.

Odacy Amorim contesta dívida contraída com Compesa quando era prefeito de Petrolina e critica vereador do próprio partido

  1. Rosangela disse:

    Esse povo estão desenterrado defunto velho pois é ano de eleições.

  2. Antonio Amorim disse:

    eu lembro que o dinheiro do saneamento do DOM AVELAR sumiu e ninguem sabe onde foi parar, talvez na barriga de algum gato político.

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