Odacy Amorim admite que PT pode realizar prévias para definir candidato a governador de Pernambuco

por Carlos Britto // 06 de fevereiro de 2018 às 06:40

O deputado estadual e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Odacy Amorim (PT), disse nesta segunda-feira (5) que o PT poderá ter prévias para escolher o candidato nestas eleições. Além da vereadora Marília Arraes, se coloca na disputa o militante da sigla, Zé de Oliveira. Segundo o parlamentar, o PT montou um calendário para chegar a um entendimento sobre o melhor caminho para a legenda.

Mas deverá haver prévias, caso não haja consenso. Tudo será colocado em discussão. Hoje há um indicativo para a candidatura própria”, acrescentou o petista, em conversa com a Folha de Pernambuco na primeira sessão ordinária da Assembleia Legislativa após o recesso parlamentar.

Até 2 de abril o partido vai escolher se realiza prévias ou se fecha um acordo. Mas, para evitar um maior desgaste à sigla, a ocorrência de disputa interna terá, nestas eleições, que reunir pelo menos 30% do diretório. Antes as prévias independiam do percentual. Em 2012, o PT saiu estraçalhado após as prévias entre o ex-prefeito João da Costa e o ex-deputado federal Maurício Rands. O partido acabou perdendo o comando da Prefeitura do Recife para o PSB.

Odacy Amorim lançou sua candidatura depois de ver o nome de Marília ganhar corpo dentro do PT. Apoiada pelo prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), Marília lançou seu nome no dia 27 de dezembro, mas articula sua postulação desde o encerramento das eleições municipais, em 2016. Questionado sobre a musculatura que o candidatura de Marília ganhou nos últimos meses, Odacy minimizou a questão. “Nossas pesquisas mostram que é a intenção de votos de Marília é muito perto de como é o de João Paulo, de Humberto, do meu. É um número respeitoso, mas que não mostra todo esse crescimento”, afirmou Odacy Amorim.

Paulo Câmara

Apesar de o partido ter aprovado resolução pela candidatura própria, alas do partido defendem o retorno do PT ao palanque do governador Paulo Câmara (PSB). No Palácio a aliança é vista como estratégica. Além desejar o ex-presidente Lula como cabo eleitoral para turbinar a reeleição de Paulo Câmara, o PSB quer aumentar o tempo de televisão. O PT tem o segundo maior tempo de guia por causa dos 57 deputados federais, a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados.

A aliança viria em “boa hora” já que a Frente Popular, caso perca o PMDB, poderá ter 30% de tempo a menos que a oposição. (Fonte: Blog da Folha/foto: Blog do Carlos Britto/arquivo)

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