Metade dos 12 estádios da Copa foram delatados na Lava Jato com irregulariddades; Arena Pernambuco é um deles

por Carlos Britto // 14 de abril de 2017 às 13:27

Pelo menos metade dos 12 estádios utilizados na Copa do Mundo de 2014 está envolvida em suspeitas de irregularidades, segundo os delatores da construtora Odebrecht.

A Procuradoria-Geral da República pediu ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fachin, que encaminhe as petições envolvendo as praças de Rio de Janeiro (Maracanã), Brasília (Mané Garrincha), Recife (Arena Pernambuco), Fortaleza (Arena Castelão) e Manaus (Arena da Amazônia) a outras instâncias. Um inquérito relacionado à Arena Corinthians segue em sigilo no STF.

Em 4 estádios, há relatos de que construtoras combinaram os valores para a licitação, cada uma levando vantagem em pelo menos uma ocasião. A Arena Pernambuco (foto) também integra essa relação desses quatro estádios.

Fraudes e propina

No caso da Arena Pernambuco, construída em São Lourenço da Mata (Região Metropolitana do Recife), a petição 6.839 aponta a realização de “ajustes de mercado, fraudes em licitação e pagamento de propina a diversos agentes políticos e outros” em razão do contrato da obra da Arena Pernambuco.

Ela se baseia na delação de João Antônio Pacífico Ferreira. Segundo ele, a Odebrecht combinou uma “proposta de cobertura” com a Andrade Gutierrez, na qual duas empresas combinam o valor que irão pedir para realizar a obra. No caso, a Andrade apresentou um valor maior, para favorecer a Odebrecht – em contrapartida ao que foi feito no estádio Mané Garrincha.

Os custos de construção da Arena Pernambuco, segundo o governo, foram de R$ 532,6 milhões. As investigações foram encaminhadas para a Justiça Federal de Pernambuco. (Com informações e foto do G1-PE)

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