Sem matérias de “urgência urgentíssima” nem tempo para preparar a pauta de votação, o presidente da Casa Plínio Amorim, vereador Osório Siqueira (PSB) decidiu, ao final da sessão plenária de hoje (14), não realizar a sessão de quinta-feira (16). A justificativa do presidente, porém, não convenceu os integrantes da bancada de oposição.
Os cinco da bancada – Paulo Valgueiro (PMDB), o líder, além de Cristina Costa (PT), Professor Gilmar Santos (PT), Gabriel Menezes (PSL) e Domingos de Cristália (PSL) – prometeram estar presentes em plenário na quinta.
Para Valgueiro, o feriado da Proclamação da República, nesta quarta (15), não é motivo para a presidência da Casa deixar de realizar a sessão. Segundo o líder oposicionista, as duas sessões semanais já são insuficientes para o tamanho da demanda. “Eu mesmo tenho cinco projetos pendentes, e outros colegas também têm. Não é justificável que um feriado na quarta seja desculpa para se cancelar a sessão e deixar vereador fazendo sabe-se lá o que. A bancada de oposição não concorda com esse feriado prolongado”, desabafou.
Valgueiro assegurou que ele e seus companheiros de oposição vão se reunir na quinta, em plenário, para discutir assuntos relevantes como o Orçamento 2018 e o Plano Plurianual. “Estaremos cumprindo nosso papel”, afirmou. Sobre a elaboração da pauta, o líder da oposição explicou que poderia muito bem ser definida ainda no dia de hoje. “A sessão da Casa Plínio Amorim não é feita apenas de indicações de tapa-buracos ou limpeza de ruas. O problema é que estão deixando passar despercebidos temas importantes por conta de questões pessoais de vereadores”, finalizou.
“Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça dando milhos aos pombos…”
Prezados
A cidade de Petrolina merece mais atenção e ação do Poder Público.
Hoje, os Petrolinenses e Petrolinandos convivem diariamente com inúmeros problemas sociais de todos os tipos, que vão desde os mais simples de serem resolvidos, pois aparecem e crescem conforme a leniência e conivência do Poder Público, até aqueles problemas mais complexos que aparecem como consequências do modelo social adotado pela nossa sociedade, no qual preza acima de tudo o ter em detrimento do Ser.
Dentre os mais simples destaco o comércio ambulante na região central, as construções irregulares legalizadas depois de pronta, o uso privado de espaços públicos, tais como: o uso de calçadas como se fossem estacionamentos privados para clientes ou como expansão de seus estoques; a apropriação de passeios públicos e de praças por donos de bares, que colocam mesas e cadeiras, obrigando pedestres a andarem pelas ruas). Considero-os mais simples, por que a resolução desses problemas perpassam mais pela ação efetiva do Estado, principalmente, do Poder Executivo, que é responsável pela regulação e controle, do que dos demais atores sociais.
Já entre os mais complexos, cito o aumento da quantidade de pessoas em situação de rua; o crescimento dos índices de violência, com destaque para o homicídio, principalmente, de jovens, negros e pobres, assim como o de pequenos furtos, dos quais preferem os aparelhos de telefone celular, que por sua vez, financia o consumo de crack, em plena luz do dia ou a qualquer hora da noite, em pontos estratégicos da cidade, a exemplo da Rodoviária, da Igreja Catedral e do Núcleo Hospitalar. Sem se esquecer que as populações de Petrolina de forma geral ainda não são assistidas com saúde de qualidade, educação de qualidade, proteção com tranquilidade, Cultura, artes e lazer saudável próximo ao lar, digam-se de passagem, serviços que, no Brasil, são deveres do Estado. Considero-os complexos, pois as suas resoluções demandam de diversas ações conjunta da Sociedade e do Estado, de curto, médio e longo prazo, dentre elas, mudanças de comportamentos da sociedade. Entretanto, sem esquecer que, apesar de depender muito da sociedade, demanda, sobretudo, do Estado.
Contudo, independente do grau de simplificação e de complexidade dos problemas e das ações a serem adotadas, a verdade é que nós, populações Petrolinenses, não podemos mais ficar vendo “tudo isso acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos”.