Mesmo defendendo bandeira da irrigação levantada por Osvaldo Coelho, FBC afirma que momento atual exige outras prioridades

por Carlos Britto // 03 de novembro de 2015 às 13:00

FBC

Presente aos funerais de Osvaldo Coelho, ontem (2) em Petrolina, o senador e sobrinho do ex-deputado, Fernando Bezerra Coelho, enalteceu o exemplo de luta do líder sertanejo em diminuir as desigualdades regionais, levantando bandeiras como a educação, a infraestrutura hídrica e a irrigação. Mas sobretudo em relação a estes dois últimos itens, FBC – mesmo compartilhando das convicções do ex-deputado – afirmou que o atual momento exige outras prioridades.

Perguntado se o Canal do Sertão, sonhado por Osvaldo, poderá finalmente virar realidade, o senador argumentou que a intenção do ex-deputado com esse projeto era de que a irrigação não parasse e fosse ampliada a outras áreas do semiárido. No entanto o atual cenário de seca enfrentado pelas populações às margens do Rio São Francisco levou o debate para outras direções.

“Existem, no momento, outras questões, a exemplo da crise na Bacia Hídrica do São Francisco e a necessidade da interligação das bacias do Tocantins com a do São Francisco e a criação de políticas para o uso múltiplo da água, não somente para o fornecimento de energia. Portanto, nos próximos quatro ou cinco anos a bandeira principal vai ser a da revitalização, de propor a construção de barragens para aumentar a vazão dos tributários do São Francisco e, sobretudo, proteger as nascentes do Rio São Francisco. A realidade está a apontar que nos próximos cinco anos, mesmo os que defendem a ampliação da irrigação, agora chegou a hora de cuidar do rio para que a gente não enfrente outro período hidrológico tão desfavorável como o que estamos enfrentando”, ponderou.

Mesmo defendendo bandeira da irrigação levantada por Osvaldo Coelho, FBC afirma que momento atual exige outras prioridades

  1. Mução disse:

    Parabéns Senador! Tem defendido nosso rio como ninguém,antes tarde do que nunca!

  2. Maria disse:

    Fernando muito mais realista e progressista que Oswaldo, que apenas queria o canal, mas não disse como captar e como preservar ao mesmo tempo. Taí o desastre do sistema de irrigação com relação ao rio, só tiram e ninguém pensa em repor nada.
    Parabéns Fernando!

  3. Osvaldão eterno. disse:

    Não concordo. Uma coisa não exclui a outro. Até mesmo porque a irrigação retira pouca água, comparada com o que se libera para produção de energia. O que o agronegócio consome em todo o Vale, da nascente a foz, oficialmente não passa de 100 m3. Então bastaria uma programação objetiva, em que 200 m3 de água, destinado para o fornecimento de energia, fosse transferido para a irrigação. Teríamos água para o Pontal, Canal do Sertão e ainda Transposição (essa sozinha tem potencial para 127 m3). FBC mais uma vez, a exemplo do PPP do Pontal, dá uma fora.

  4. Célia disse:

    Cada um tem seu mérito, mas o legado que Osvaldo deixou é incomparável, com relação a integração de bacia, hoje defendida por Fernando e Gonzaga, já era assunto de Osvaldo a muitos anos atrás, eu sou testemunha disso que ouvi dele mesmo. Porem quanto a viabilidade técnica não sei atestar. Mas Fernando tem razão no momento a prioridade é a revitalização do rio, que não foi feito junto com a transposição, onde foi prometido que para cada 3 reais investido no canal 1 era pra revitalização e isso não está sendo feito. Absurdo!

  5. Pedro Henrique disse:

    O colapso de Sobradinho tem um único culpado: a produção de energia elétrica. Basta parar de privilegiar esse segmento, e sobrará água para a irrigação, para a navegação e ainda para manter Sobradinho em um bom nível. Produzir energia só quando puder. Energia se importa de outras regiões. Seria o fim da CHESF? Não, ela teria que se enveredar pelas energias solar e eólica. Sol e vento é o que não falta no São Francisco. O povo do Vale é que não pode viver nessa ditadura atual e refém dessa empresa.

  6. Petrolina disse:

    Fernando está corretíssimo ao evidenciar a necessidade de uma trabalho de base para infraestrutura hídrica do Rio São Francisco. Destaco que Fernando está atuando conforme a necessidade do seu tempo, assim como Osvaldo também atuou diante da necessidade de outrora. Logo NÃO DEVEMOS TECER COMENTÁRIOS COM VISTAS A COMPARAR ESSES DOIS POLÍTICOS, pois cada um atua/atuou conforme a necessidade de sua época.
    Osvaldo Coelho deixou seu legado; Fernando já tem bons serviços prestados;
    Precisamos é de mais Osvaldos e Fernandos na nossa politica.

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