Mesmo comemorando emendas aprovadas da oposição no PPA e LOA, Gilmar Santos cutuca governistas: “Cheque em branco”

por Carlos Britto // 06 de dezembro de 2017 às 10:04

Autor da emenda que estipulava em 20% o remanejamento orçamentário ao qual o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), teria o direito sem pedir autorização à Casa Plínio Amorim, e que foi referendada pelos demais integrantes da bancada de oposição, o vereador Professor Gilmar Santos (PT) manteve as críticas após os governistas aprovarem a margem de 40%, na sessão de ontem (5). Com um orçamento de R$ 819,8 milhões para 2018, o prefeito terá R$ 329 milhões para remanejar da forma que achar mais adequado, não necessitando do crivo dos vereadores.

O que foi aprovado hoje (ontem) representa os interesses do governo, que nem sempre são os interesses da população”, cutucou.

Para o petista, as prioridades incluídas no Plano Plurianual (PPA) para os próximos quatros anos (num total de mais de R$ 3 bilhões) e na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 “não têm compromisso real com a superação das desigualdades em Petrolina”. Mesmo assim, Gilmar ainda conseguiu ver uma vitória da oposição, que teve todas as emendas aprovadas – à exceção dos 20% de remanejamento.

Por exemplo, temos R$ 8 milhões para São João, Carnaval e aniversário da cidade, sendo que para a pavimentação temos apenas R$ 4 milhões. Então, achamos por bem tirar R$ 1 milhão dos grandes eventos para colocar na pavimentação. Ou seja, nesse orçamento a gente teve uma vitória porque todas as emendas da bancada de oposição foram aceitas e aprovadas. Nós esperamos que o prefeito execute, porque ganha a população de Petrolina se esses recursos forem efetivados em políticas públicas”, avaliou.

Dependência

Perguntado se a atual bancada governista, que era oposição na gestão passada e sempre defendeu os 20% para o ex-prefeito Julio Lossio (PMDB), Gilmar foi contundente. Segundo ele, os aliados do prefeito na Casa confirmam que têm “algum tipo de dependência” junto ao governo municipal, quando praticam “uma política de conveniência”. “Eles entregaram ao prefeito Miguel Coelho um cheque em branco. Isso nos preocupa, porque 2018 é um ano eleitoral, e é muito possível que o prefeito movimente esses recursos, de 40%, conforme as suas conveniências”, disparou o vereador.

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