Levantamento mostra que credibilidade das vacinas é menor entre homens e jovens, mas aumenta nas classes mais pobres

por Carlos Britto // 17 de novembro de 2019 às 13:29

Foto: Miva Filho/SES-PE divulgação arquivo

Uma pesquisa feita pela organização não governamental Avaaz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), mostra que a credibilidade das vacinas é menor entre homens e jovens de 16 a 24 anos. O estudo mapeou o impacto das fake news em vacinas e contou com um questionário domiciliar em que o Ibope ouviu 2.002 pessoas entre 19 e 22 de setembro deste ano, em todas as regiões do país.

Segundo a pesquisa, 54% dos brasileiros consideram as vacinas totalmente seguras, e 31% avaliam que elas são parcialmente seguras. Para 8%, elas são parcialmente inseguras, e 6% responderam que elas são totalmente inseguras. A soma dos três últimos grupos mostra que 45% dos brasileiros têm algum grau de insegurança em relação às vacinas. Um percentual de 2% não respondeu ou não soube opinar.

Entre os homens, cai para 49% o percentual dos que consideram as vacinas totalmente seguras, e os outros três grupos somam 48%. Em relação à faixa etária, a situação é mais preocupante entre os jovens de 16 a 24 anos, já que 45% veem as vacinas como totalmente seguras e 53% têm algum nível de insegurança.

As pessoas com ensino médio se mostraram menos seguras sobre as vacinas do que aqueles com nível fundamental completo ou incompleto, sendo este último grupo o que dá maior credibilidade às imunizações (61%). Segundo a pesquisa, metade das pessoas que pararam de estudar ao concluir o ensino médio têm inseguranças em relação à vacinação, enquanto para quem tem nível superior esse percentual cai para 43%.

Pobres confiam mais

Assim como nos níveis de escolaridade, a camada mais pobre da população, com renda de até um salário mínimo, é a que confia mais nas vacinas. O resultado se repete entre as classes D e E, que superam a A, a B e a C no percentual que avaliou as vacinas como totalmente seguras. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, os dados de renda, classe social e escolaridade mostram que a população mais pobre está menos impactada pelas fake news por consumir mais as informações da mídia tradicional, utilizar mais os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e ter menos acesso às redes sociais. (Fonte: Agência Brasil)

Levantamento mostra que credibilidade das vacinas é menor entre homens e jovens, mas aumenta nas classes mais pobres

  1. Defensor da liberdade disse:

    Os mais jovens não conviveram na época em que doenças contagiosas como Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varíola, Poliomielite, etc, ceifavam a vida de milhares de crianças, e deixavam tantas outras com graves sequelas.

    A internet pode trazer muitos benefícios, mas também malefícios como a desinformação propagada pelo movimento antivax, que não tem qualquer base científica para justificar sua cruzada contra às vacinas, muitos se baseiam até de estudos comprovados como fraudulentos. Os jovens de hoje gozam da imunização de rebanho, estão protegidos contra essas doenças, porém graças ao movimento antivax, doenças que antes só restavam em países pobres da África, agora estão retornando em países ricos como EUA, França e Inglaterra, que estão experimentando surtos de doenças antes erradicadas!

    O movimento antivax deveria ser classificado como organização terrorista, e seus seguidores presos por atentado contra a humanidade!

  2. Paulo disse:

    Perfeito seu comentário

  3. Defensor da liberdade disse:

    O pior é que esses movimentos antivax chegam inclusive a anunciar produtos que prometem reduzir os supostos efeitos danosos das vacinas, que eles propagam por aí, tudo com zero respaldo científico. Ou seja, são picaretas de olho no dinheiro das pessoas!

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