Julianeli Tolentino garante que estava “preparado” para assumir antigo HUT e suscita questionamentos sobre extinta Femsaúde

por Carlos Britto // 25 de fevereiro de 2015 às 11:42

julianeli (1)Sobrou paciência ao reitor da Univasf, Julianeli Tolentino, para responder à sabatina dos vereadores de Petrolina, ontem (24), na Casa Plínio Amorim. E ele não deixou nenhuma pergunta sem resposta.

Disse, por exemplo, que “faria tudo de novo, mesmo sabendo o que passaria” em relação a assumir a gestão do antigo Hospital de Traumas (HUT) – atual HU. Julianeli aproveitou para comentar a extinção, em 2012, do Fundo Municipal de Saúde (Femsaúde), determinada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE).

O reitor lembrou que se o hospital custava para os cofres da prefeitura, até então, R$ 2 milhões mensais, não dá para entender por que o município tem uma dívida (o Femsaúde) de R$ 16 milhões com os funcionários da unidade médica. “Eu acho que não custava R$ 2 milhões”, afirmou, acrescentando que sem o Femsaúde, o cenário do antigo Traumas seria desolador.

Ao responder ao vereador Betão (PSL), que insinuou que o reitor assumiu uma responsabilidade da qual não estava preparado, Julianeli assegurou que a Univasf estava, sim, pronta para assumir a gestão do HU. “O que acontece é que ninguém sabia os custos daquele hospital, nem nós. Não era uma questão de estar ou não preparados, mas havia inúmeras indefinições e vários fatores contribuem para isso. Existia esse panorama, naquele momento, e nós não poderíamos nos esquivar. A hora era aquela”, avaliou.

Julianeli Tolentino garante que estava “preparado” para assumir antigo HUT e suscita questionamentos sobre extinta Femsaúde

  1. José disse:

    Ser Reitor e Professor de uma Universidade é uma coisa, administrar uma instituição de Saúde é outra. As Universidades estão cheias de teorias, falta sim, o conhecimento empírico a experiência, é preciso acordar, a administração do Hospital não permite ensaios, não é um estágio ou uma aula. As pessoas acham que por ser Professor Universitário sabe tudo, mas, o saber é fragmentado, ninguém é dono do saber.
    Lembro-me dos primeiros anos do HU sobre a administração do município, até meados de 2011 quando passei pelo estágio, a situação era bem diferente. Hoje como profissional e especialista em gestão pública em saúde, vejo o caos que estar o HU e não posso fazer nada, e quem pode, ou não sabe ou não quer fazer.
    Acho que a única solução seria a descentralização da Alta Complexidade que se instalou em nosso município e já passou da hora da construção de um outro HU e de preferência em outro município e que faça parte da 4ª Macro Região de Saúde.

  2. Josy disse:

    Infelizmente a saúde pública em nossa cidade, virou brincadeira. Como pode as pessoas passarem, um mês, dois ou mais a espera de cirurgia ou qualquer outro procedimento?Senhor Reitor, tenho certeza que o senhor não precisa de atendimento no HUT, nem tão pouco seus familiares, porque se passassem pelo que as pessoas passam lá, buscariam solução o mais urgente possível! É uma hipocrisia dizer que as coisas andam bem! E quanto a cessão na câmara, de que adianta a população comparecer? Só para ouvir as hipocrisias que foram ditas? Para serem repreendidos ao se manifestarem? O tempo de ouvirmos promessas bonitas passou , e só virá em 2016! O que me chama a atenção, é que muitos dos que deveriam ser a nossa voz os,os senhores(as) VEREADORES(AS),falaram bonito na ausência do reitor, porém parece que ficaram anestesiados com a presença do mesmo, pois apenas um teve a coragem de se manifestar.Sabe o que eu acho? Que estão fazendo pouco caso da situação caótica que se encontra o HUT, só Deus pra ter misericórdia dos pacientes e seus familiares, pois na terra tá complicado.

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