O povo Pankará em Itacuruba (PE), no Sertão de Itaparica, começa a se organizar para receber as obras que irão garantir o acesso à água na Aldeia Serrote dos Campos, após assinatura da ordem de serviço para a execução do projeto. Para isso, durante o último final de semana foi realizada reunião com o coordenador da Câmara Consultiva Regional (CCR) Submédio São Francisco, Julianeli Tolentino, e a equipe técnica da Construtora Cassi (responsável pela obra).
O projeto custeado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) terá a captação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) feito a partir da Barragem de Itaparica. Os serviços de implantação do SAA da aldeia vai beneficiar diretamente 408 índios, que atualmente são abastecidos por meio de carros-pipas. A obra será composta pela implantação de uma adutora, bombeamento, estação de tratamento, reservatório e rede de água.
Durante a reunião, as lideranças tribais, além de apresentarem como serão viabilizadas as instalações da adutora, sob a orientação do corpo técnico de engenharia, também expuseram as demandas e preocupações dos indígenas com a sustentabilidade do sistema após a conclusão dos trabalhos, prevista para seis meses. Além disso, foi definida a representatividade indígena que irá acompanhar as obras. Participaram da reunião representantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Tribo Pankará
A comunidade Aldeia Serrote dos Campos, situada a 3 km da cidade de Itacuruba, ocupa o território atual desde 2005, quando reconquistou o direito de morar preservando suas raízes, cultura e tradições indígenas. Em 1988, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) deslocou a sede do município de Itacuruba para a posição atual. O local de origem, onde o povo indígena também vivia, foi inundado pela Barragem de Itaparica. A nova área do município fica a 12 quilômetros da rodovia mais próxima, e a quatro quilômetros do Rio São Francisco. (foto/divulgação)
Um conselho eu dou para as autoridades ; “é bom fiscalizar bem de perto esses índios porquê a maioria desse povo nunca teve raízes indígenas ” falo por quê os conheço desde o berço