Inclusão digital ajuda a fortalecer debate sobre questões públicas, afirma pesquisadora

por Carlos Britto // 07 de novembro de 2010 às 11:13

Uma tese de mestrado da pesquisa paulista Drica Guzzi acabou virando um livro que destaca um dado importante em tempos de internet. Com o título “Web e participação: A Democracia no Século XXI”, o livro mostra que a inclusão digital influncia os internautas para o debate acerca das questões públicas aumenta a cada dia.

Tudo começou quando Drica começou a trabalhar na Escola do Futuro da USP, especificamente no Programa de Inclusão Digital do governo do Estado de São Paulo, o “Acessa SP”, em 2000, e os questionamentos que serviriam de base para sua tese de mestrado surgiram desta experiência. Guzzi percebeu um maior envolvimento nas questões públicas por quem participava do programa.

Para transformar o texto em material acessível e atualizado, Guzzi retirou os jargões acadêmicos e preparou uma apresentação maior sobre o estudo. Além disso, a tese foi defendida em 2006 e a autora incluiu alguns acontecimentos que mostraram a força das redes sociais. A eleição do presidente norte-americano Barack Obama e projetos de inclusão digital brasileiros foram acrescentados.

Utilizando exemplos bem-sucedidos, nacionais e internacionais, Drica mostra como o internauta pode participar efetivamente de discussões. Para isso, faz um estudo do projeto Fala São Paulo, canal de expressão utilizado pelos integrantes do Acessa SP. No seu levantamento, observou como a inclusão digital desenvolveu uma maior participação pública na política. A autora mostra como as características da internet estão intimamente ligadas ao conceito grego de democracia.

“A ideia do livro é mostrar como as comunidades virtuais sem território e a imensa possibilidade de expressão permitida pela internet abrem um novo espaço para a comunicação transparente, tanto no nível local quanto no global, levando, potencialmente, a profundas renovações das condições da vida pública, ou seja, maior liberdade e responsabilidade de um indivíduo enquanto cidadão”, explica a especialista. (com informações do Estadão. Foto/ reprodução internet)

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