Governo federal quer apressar projeto de construção de satélite antiespionagem

por Carlos Britto // 04 de setembro de 2013 às 11:01

Dilma/Reprodução InternetO governo federal espera iniciar em outubro a construção do satélite geoestacionário brasileiro, um projeto orçado entre US$ 600 milhões e US$ 660 milhões. A iniciativa, que já estava em andamento, ganhou impulso após as denúncias de que as comunicações de dados do Brasil, inclusive as da presidente da República, Dilma Rousseff, estariam sendo monitoradas pelos Estados Unidos. Ele deverá entrar em órbita em 2016.

Hoje, o País está numa situação vulnerável. Comunicação de dados, telefonia, sinais de TV paga e até comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, empresa que já foi estatal mas foi privatizada em 1997. Hoje, está nas mãos do empresário mexicano Carlos Slim, dono da operadora Claro.

“Alugamos satélite de uma empresa estrangeira”, disse ao Estado de S.Paulo o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. “Hoje, se tivermos algum problema, não temos controle nenhum sobre ele. Assim, numa situação de guerra, por exemplo, o satélite pode ter sua posição alterada e inviabilizar as comunicações no País”, completou.

O governo quer comprar o satélite e a tecnologia. No mês passado, foi escolhido um grupo franco-italiano, o Thales Alenia Space, para fornecê-los. O satélite vai ser construído pela Visiona, uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, que será uma montadora de satélite. A tecnologia ficará com a Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai irradiá-la a partir de um polo em São José dos Campos.

Com o novo satélite, pretende-se também aumentar a segurança das comunicações. Hoje, boa parte dos dados que transitam pelo satélite da Embratel é aberta. No futuro modelo, os dados passarão pela Telebrás.

O equipamento brasileiro também terá dispositivo que desligará terminais não autorizados. Segundo denúncias feitas a partir de documentos do ex-técnico americano Edward Snowden, informações podem ter sido coletadas nas comunicações por satélite. Outro objetivo do satélite brasileiro – para Bonilha, o mais importante do ponto de vista social – é levar internet banda larga a todo o País. Ao longo deste ano, a Telebrás implantou uma rede de fibra ótica na Esplanada do Ministério. “A rede está lá, basta instalar os equipamentos e ligar os pontos“, disse Bonilha, destacando que o equipamento é 100% nacional.

Via diplomática

O presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, repudiaram ontem (3) a atitude do governo dos EUA de espionar a presidente Dilma Rousseff mas não opinaram se o episódio deve levar ao cancelamento de sua visita a Washington, em outubro. A questão, segundo eles, deve ser resolvida pela via diplomática. (Fonte: Estado de S.Paulo/Foto: Agência Brasil)

Governo federal quer apressar projeto de construção de satélite antiespionagem

  1. GUILHERME VITOR disse:

    SERIA BOM QUE ESTE SATÉLITE TAMBÉM TIVESSE ALCANCE NO PRÉDIO DA PREFEITURA E EXATAMENTE NA SALA DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO!.

    MAS SABEMOS QUE É ILEGAL…MAS BEM QUE NAO PODERIA SER PRA EVITAR TANTAS COISINHAS BARATAS.

    MAS ACHO MELHOR ASSIM….foi apenas um desejo passageiro…!!!

  2. Rafael disse:

    Presidente, a muito tempo que a senhora devería ter olhado melhor para a segurança nacional! nossas forças armadas estão sucateadas!! Em 2013 nossas forças ainda usam armas dos anos 80, aviões velhos e tudo mais!!! relatórios oficiais apontam sérios problemas de estrutura das nossas forças armadas!!! isto é um risco para a nossa soberania!!!!

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